Polícia

Policial Militar suspeito de matar gerente de mercado é recapturado em Feira de Santana após fugir de batalhão

O suspeito foi recapturado nesta sexta-feira (29), em Feira de Santana.

29/03/2024 às 16h34, Por Acorda Cidade

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Foto: Reprodução/ BNews

O soldado da Polícia Militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos, principal suspeito de matar a gerente de mercado Juliana de Jesus Ribeiro, no recôncavo baiano, foi recapturado nesta sexta-feira (29), em Feira de Santana.

Ele havia fugido da Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã de quarta (27).

PM suspeito de matar gerente de mercado no recôncavo da Bahia
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a Polícia Militar, o suspeito foi localizado por uma equipe de inteligência. Ele estava sendo monitorado desde a fuga do Batalhão pela equipe do Comando de Policiamento Regional Leste (CPR-L), que tem o comando, o Coronel Antônio Lopes. Após ser submetido a exame de corpo delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), ele será custodiado à disposição da justiça.

Fuga de unidade policial


A gerente de mercado Juliana Ribeiro, de 30 anos, foi morta na cidade de Saubara, no recôncavo baiano, em junho de 2022.

O soldado, suspeito de ter cometido outro homicídio na região de Feira de Santana, foi preso quase um ano e meio depois, em uma operação que investigou a participação de PMs em milícias na região de Santo Estevão, também no interior da Bahia.

A fuga dele nesta semana ainda é investigada. A PM também instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da fuga.

Saiba como aconteceu a fuga:

Durante a revista das celas, o soldado e outros custodiados foram transferidos para uma quadra/ solário da unidade;


Informações preliminares passadas pela PM indicam que o fugitivo se feriu ao pular do muro.

PM suspeito de matar gerente de mercado no recôncavo da Bahia
Foto: Redes sociais

Com isso, o soldado foi alvo da “Operação Sangue Frio”, realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA) na quarta.

Vítima morreu rendida


Segundo a denúncia oferecida pelo MP, recebida pela Justiça na terça-feira (26), o policial executou a vítima sem oferecer qualquer chance de defesa. Ainda não se sabe o que motivou crime.

Gerente de mercado é morta a tiros após deixar estabelecimento no recôncavo da Bahia
Foto: Reprodução/TV Bahia

Conforme informou o órgão, imagens registradas por câmeras de segurança da rua onde aconteceu o assassinato mostram que o soldado matou a vítima, que estava rendida, de costas para ele.

De acordo com laudos policiais, Juliana de Jesus Ribeiro foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, rosto, tórax, abdômen e braços.

O MP-BA informou ainda que provas do inquérito policial mostram que o policial planejou, premeditou e executou o crime.

Operação Sangue Frio
Foto: Divulgação/MP

Veja abaixo o que aconteceu:

Trezes dias antes do assassinato, o denunciado foi flagrado observando a rotina da vítima, realizando o mesmo percurso e as mesmas ações que foram executadas na data do homicídio;


Por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes as de abordagem policial, obrigando-lhe a por as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles;


O soldado também alterou as placas do veículo usado no crime para dificultar a investigação.

Na decisão que determinou a prisão preventiva do suspeito, a Justiça considerou haver fortes indícios probatórios de que o PM “praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima”.

Um mês depois após o assassinato de Juliana de Jesus, um homem incendiou o mercado que ela trabalhava. O momento do crime foi flagrado por câmeras de segurança da rua. A polícia não detalhou se os casos são relacionados e nem se o PM tem participação no incêndio.

O outro homicídio em que o soldado é investigado não foi detalhado pela PM.

Fonte: G1

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  1. Ainda não vi o Comando Geral da Polícia Militar, o Secretário de Segurança Pública e o Governador se pronunciar à respeito dessa fuga. Deveria estar acontecendo investigações semelhantes aquelas que acontecem no Rio Grande do Norte, obviamente, com recursos diferentes. O comandante dessa unidade prisional deve ser afastado e deve haver intervenção para averiguação mais eficiente.

  2. O que achei interessante desse caso , que a grande mídia pouco falou a respeito, parecendo que é algo normal de acontecer, um sujeito preso ” fugir ” de um batalhão de choque e ninguém viu os altos comandos se pronunciar, governador, comandante do batalhão no qual ele estava , nada. Tudo soa muito estranho até então. E a região que ele foi recapturado também requer uma boa varredura por parte do GAECO.

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