"Na Bahia não tem lugar para o crime, não há lugar que a gente não entre", diz comandante-geral da PM em visita à Feira de Santana

Na manhã desta sexta-feira (22), o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho esteve em Feira de Santana, para visitar o comando da Polícia da Regional Leste (CPR-L). Na oportunidade, ele comentou sobre as últimas ações de enfrentamento à criminalidade no estado. Ele relembrou que na semana passada, esteve na cidade acompanhado do governador Jerônimo Rodrigues, para entregar 23 viaturas.

Ao Acorda Cidade, o comandante declarou que fenômeno da violência é um problema nacional e que a Bahia não foge dessa realidade.

“Temos hoje um processo de insurgência criminal onde o tráfico quer entrar em disputa por territórios e isso traz um número grande de homicídios entre eles (grupos criminosos), eles terminam confrontando. E a polícia entra como órgão de controle social tentando mitigar, minimizar o máximo com relação a essas questões. Mas é importante dizer que a violência ela é multifatorial”, observou.

O coronel ressaltou que é necessário que haja políticas públicas adequadas para afastar os jovens dos grandes males, que são o consumo e o tráfico de drogas.

Nas últimas semanas, operações estão ocorrendo no estado em conjunto com as polícias civil e militar apreendendo quantidades expressivas de entorpecentes, armas e munições. O comandante geral Paulo Coutinho pontuou que o governador determinou que as forças de segurança mantenham uma atuação firme no combate ao tráfico e a violência em si.

“Nós temos feito isso de maneira integrada entre os órgãos de defesa social coordenado pela Secretaria de Segurança Pública através do Dr. Marcelo Werrner, Polícia Militar e Polícia Civil. Hoje a Polícia Federal também nos apoia através da (Fico) que é uma força integrada contra o crime organizado e os resultados começam a aparecer. Hoje ainda nós fizemos uma operação na capital e no interior, onde tiveram 15 presos sem resistência e várias armas apreendidas, uma demonstração clara que o estado está presente fazendo frente ao crime, que é o único inimigo nosso”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.

Ainda sobre a operação Saigon que foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (22), que está acontecendo no bairro de Águas Claras, em Salvador com desdobramentos em Feira de Santana e que, durante confrontos com policiais, um homem de 31 anos, líder do tráfico de drogas na capital, morreu na Avenida Fraga Maia, em Feira de Santana, ele salientou sobre o trabalho do Serviço de Inteligência.

“O crime na verdade, ele migra muito e quando existe uma grande operação de enfrentamento, eles tendem a sair, e foi o que aconteceu, ele veio para Feira de Santana, mas a nossa inteligência foi mais eficaz e o localizou. Infelizmente ele resistiu a ação policial e tombou. Assim vai ser, sempre que nós tivermos qualquer informação da inteligência, nós vamos colocar a tropa na rua e tentar prender o criminoso”, revelou.

O coronel afirmou que houve redução de homicídios na capital e alertou para a propagação de informações que não correspondem com a realidade. Ele falou também que a atuação da polícia no bairro de Valéria em Salvador continua.    

“A gente apela para os jornalistas, para a imprensa em geral, ter muito cuidado ao passar essa imagem de terror para a sociedade, colocar toda ela em pânico, quando na verdade hoje em no nosso estado o maior índice de redução de homicídio é na capital. Agora, existem situações pontuais e pontos de atenção, como foi em Valéria. O bairro é um local onde existia um reduto do tráfico que inclusive, perdemos lá um policial federal e tivemos mais dois policiais baleados, aportamos com a Polícia Militar um grande efetivo para dar suporte com as outras forças. Então, deixando bem claro, o estado da Bahia não tem lugar para o crime, não tem lugar que a gente não entre. Fizemos uma demonstração clara em Valéria e hoje foi em Águas Claras. Em qualquer lugar que o criminoso estiver, as polícias estarão lá”, declarou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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