Polícia

Morte de vigilante no Anel de Contorno foi execução, diz delegado

Os suspeitos teriam perseguido a vítima desde a saída da sua residência.

01/02/2024 às 19h21, Por Maylla Nunes

Compartilhe essa notícia

Cidade Nova
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

A Delegacia de Homicídios (DH) colheu as primeiras informações e analisou imagens obtidas por meio de câmeras de segurança, sobre o assassinato do vigilante Edézio Linhares da Silva, de 40 anos, ocorrido na manhã desta quinta-feira (1º), na Avenida Eduardo Fróes da Mota, em Feira de Santana (veja aqui).

Ao Acorda Cidade, o delegado adjunto da DH, Fabrício Linard, informou que dois homens que estavam em uma motocicleta efetuaram os tiros contra Edézio.

“Procedemos o levantamento cadavérico do corpo de Edézio Linhares da Silva, 40 anos, vigilante de profissão atual. Do que levantamos no local ele vinha conduzindo uma motocicleta Honda Biz na Avenida de Contorno, área ali em frente ao Mercantil, quando uma motocicleta Honda de cor cinza se posicionou ao lado da dele com dois indivíduos e o que estava garupa efetuou um disparo que atingiu mesmo na região das costelas. Isso fez com que o Edézio caísse da moto que dada a velocidade que ele desenvolvia se arrastou por alguns metros. Um desses indivíduos desceu da motocicleta e efetuou mais um disparo fatal de execução na nuca da vítima. Em seguida, subiu na garupa da motocicleta e os dois fugiram do local na contramão de direção”, contou.

Fabrício Linard
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O delegado ainda destacou que os suspeitos teriam perseguido a vítima desde a saída da sua residência, por volta de 6h, quando se dirigia ao trabalho de vigilante e que a Edézio portava um coldre (estojo para revólver) na cintura, mas que a arma não foi encontrada junto a vítima.

“Está se fazendo uma investigação, muito provavelmente ele saiu de casa por volta de 6h da manhã, segundo familiares se dirigia para o local de trabalho e esses indivíduos não se encontraram com ele, não cruzaram com ele pela rua nessa hora por um acaso. Muito provavelmente, estavam à espera do mesmo em algum local, imagino até na porta da casa dele, com a saída o seguiram até o surgimento de uma ocasião, de uma oportunidade mais adequada para executar um crime como foi executado. No momento do crime, ele estava com o coldre na cintura. Quem anda com o coldre provavelmente é porque está com uma arma e essa arma, se estivesse com ele, com certeza foi subtraída porque, por ocasião do levantamento, não mais estava com ele. Então, sugere que tenham sido ou os próprios executores, ou os curiosos que vão chegando primeiro e realmente mexem no bolso, mexem na pessoa e alguém possa ter subtraído essa arma”.

Através de imagens de câmeras de segurança, foi possível notar que houve uma execução. Ainda de acordo com Fabrício Linard, o próximo passo é investigar a vida da vítima, a fim de buscar a causa da morte e consequentemente, os suspeitos do crime.

“Foi uma execução sem margem de dúvida. Conseguimos já uma imagem de uma câmera de segurança, que mostra exatamente a questão da execução e como foi. O objetivo não resta dúvida que era ceifar a vida dele. Essa questão de um tiro único, fatal na nuca, foi um tiro de misericórdia, foi para conferir, para dar a certeza de que ele realmente queria morrer, porque de repente com esse, nessa região aqui das costelas, ele poderia até sobreviver, caso não tivesse atingido algum fatal, mas sem mais dúvida a intenção era ceifar a vida do Edézio. O primeiro passo é investigar agora a vida do mesmo, situações de trabalho, familiares e tudo para buscar as linhas de investigação do homicídio que estamos comentando”, frisou.

A profissão da vítima

Edézio Linhares da Silva já exerceu a função de agente penitenciário (monitor de ressocialização) em Serrinha, por meio de uma empresa terceirizada, e foi demitido em 2017. Atualmente, ele atuava como vigilante em uma escola no bairro Santa Mônica em Feira de Santana.

“Ao que apuramos ainda de forma informal, Edézio era agente penitenciário, trabalhou lá no presídio de Serrinha, isso aí não resta dúvida, mas um preposto de segurança se fez presente lá no local, dizendo que ele era funcionário e que também tinha uma carteirinha de vigilante. Formalmente, o que colhemos foi que ele teria sido demitido no ano de 2017 de Serrinha e estaria desde então trabalhando como vigilante em uma escola do bairro Santa Mônica”.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade