Polícia

Ministério Público denuncia PMs envolvidos na morte de jovem em Feira de Santana

Marcelo Felipe Guerra morreu no 1º de abril de 2022, na Avenida Presidente Dutra, durante uma ação policial.

31/03/2023 às 22h53, Por Acorda Cidade

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Foto: Arquivo Pessoal

Às vésperas do aniversário de um ano do crime, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público, feita em janeiro, contra dois policiais militares acusados da morte de Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, jovem de 18 anos alvejado ao tentar escapar de uma blitz na avenida Maria Quitéria em Feira de Santana, no primeiro dia de abril do ano passado.

Quatro promotores assinam a denúncia de homicídio contra os policiais envolvidos na ação policial. De acordo com a acusação, no dia 1º de abril de 2022, os agentes perseguiram o carro dirigido pelo jovem e ao emparelharem as motos que pilotavam, deram vários tiros na direção do rapaz, sendo que três o atingiram, um dos quais atravessou o corpo e saiu do outro lado.

Ferido gravemente e perdendo muito sangue, Marcelinho, como era carinhosamente chamado pela família e amigos, encostou o carro no meio fio, saiu com dificuldade e deitou de bruços no chão da avenida Presidente Dutra, falecendo ali mesmo.

Ele não tinha habilitação para dirigir e por esta razão tentou escapar da blitz. Porém, como ressalta a peça de acusação do Ministério Público, não esboçou qualquer tipo de reação ou ameaça. “Não entrou em confronto com os denunciados, bem como não apresentou qualquer reação violenta, sendo alvejado enquanto dirigia e pelas costas”, ressaltou o documento assinado pelo GEOSP – Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública, do Ministério Público.

Os laudos demonstram que o carro foi atingido no capô, teto, porta-malas, porta traseira e encosto do banco traseiro do motorista.

O colegiado de promotores pede que a dupla de PMs seja afastada do serviço na rua e fique restrita a trabalhos burocráticos.

O advogado da família, Marco Aurélio, atuando na condição de assistente de acusação, concorda com o posicionamento do Ministério Público e vai corroborar com o trabalho “para que os acusados sejam levados a julgamento pelo júri popular e condenados”.

Daniela Guerra, mãe de Marcelo, afirmou que “era a mulher mais feliz do mundo porque tinha minha família completa, mas há um ano, quando o dia mau chegou, perdi meu filho da forma mais dolorosa possível, com essa execução. Marcelinho era um empreendedor nato e, durante os 18 anos que aqui viveu, sempre teve conduta honrada e nunca fez nada que o desabonasse. Hoje, sou apenas um corpo que respira, mas sigo transformando meu luto em luta. Parabenizo a atuação dos promotores e espero que a Justiça seja feita”, concluiu.

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  1. Como sempre não dará em nada , serão retirado das ruas , vai fazer serviço interno , aí a população esquece e logo Logo estão de volta a trabalhar e fazer as mesmas coisas , nós cidadãos de bem estamos a mercê da bandidagem e da polícia , ou seja não temos a quem recorrer , estamos cheios de sermos subjulgados por aqueles que ganham para nós proteger

  2. Que a justiça seja feita contra xxxx que executam em nome do Estado! Infelizmente a vida do jovem não volta mais e para nos pais fica a lição de advertir nossos filho a nunca correr o risco, que parem, obedeçam, saiam do carro, e nunca fujam da blitz, quem sabe assim escapam do Estado executor?

  3. Que a justiça seja feita contra os PMs. São altamente agressivos nas suas abordagens. A grande maioria despreparados psicologicamente para exercer a função.

  4. Imaginem só quantas mães não estão na mesma situação da desse jovem assinado por esses incapacitados dessa função que ocupam. O ministério público tem obrigação de trabalhar para punir os envolvidos nessa desastrosa operação, chega de famílias de cidadãos de bem ter que receber a triste notícia da morte de seu membro da família morto e ainda mais com a justificativa de morreu trocando tiros com a polícia como se os mesmos fossem marginais.

  5. Justiça seja feita! Todos os dia penso na dor dessa mãe, na vida interrompida de Marcelino por pessoas incapazes de exercer suas funções; pois nada compatível com a abordagem que são treinados. Que Marcelinho tenha seu nome limpo, para descansa. Forças a família.

  6. Tá de parabéns o ministério público e entender que lugar de assassinos é preso e coloca atrás das grades esses que que sefou a vida desse jovem sonhador , pois entre outras ações que acostumarm dizer que foi troca de tiro , fica aí há interrogação….. Pra se pensa nossos governantes em coloca câmara filmadora onde vai inibir essas ações truculenta desses mau conduta…. Onde muitos se foram e não tevesse a quem rever a situação… Como aconteceu…. Sempre é a mesma conversa troca de tiro….

    1. Inadmissível isso. Um pelotão de trânsito xxxxxxx. Tudo por dinheiro pra o governo que nada faz. Que a justiça seja feita e a lei seja cumprida da melhor forma possível. E que a população saiba que são os bonitinhos.

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