Bahia
Casal executado em Barra do Jacuípe tinha empresa de rifas há dois anos
Digony e Naroka, como são conhecidos, eram influencers e somavam quase 190 mil seguidores nas redes sociais.
13/12/2022 às 08h46, Por Acorda Cidade
Apesar de terem, juntos, quase 190 mil seguidores nas redes sociais, os rifeiros Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, que foram mortos a tiros na tarde do último domingo (11) em Barra do Jacuípe, não trabalhavam no ramo há muito tempo. De acordo com amigos, a DG & Naroka Rifas, empresa em que os dois eram sócios, existe há apenas dois anos.
Ainda que com pouco tempo de funcionamento, o negócio mobilizava milhares de pessoas nas compras de bilhetes das rifas. Nos perfis dos dois, é possível ver diversas publicações de sorteios com prêmios que variavam de R$ 6 mil a R$ 50 mil para quem tivesse comprado o número sorteado.
Ao saberem da morte dos dois, muitas pessoas usaram as redes sociais para lamentar o ocorrido. As últimas publicações nas contas de Digony e Naroka, como eram conhecidos, no Instagram já somam mais de sete mil comentários. Além de expressar tristeza pelo ocorrido, alguns especulam a motivação da execução dos dois.
“Eles tinham muito sucesso, cresceram bem e todo mundo estava vendo. Isso gera inveja”, comentou uma seguidora. “Na certa foi alguém que estava perdendo dinheiro com o sucesso deles”, fala outro. A Polícia Civil, no entanto, já informou que a motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas.
Pessoas próximas ao casal afirmam que, apesar dos agentes da 59ª CIPM, que atua na região do Canto do Rio Jacuípe – onde o caso foi morto – terem recebido denúncia da ocorrência por volta das 18h30, os suspeitos estavam observando os dois ao longo de todo o dia. Porém, nenhum familiar ou amigo quis gravar entrevista e não se sabe quantas pessoas abordaram o casal.
A informação que se tem é que os dois receberam tiros na cabeça e no peito, falecendo ainda no local sem chances de socorro ou assistência médica.
Moradores de Lauro de Freitas, na região de Portão, Digony e Naroka ostentavam uma vida de luxo. Pelas redes, faziam registros em festas, carros caros e viagens. Barra do Jacuípe, inclusive, era um destino comum para os dois, que tinham no local um ponto de descanso nos fins de semana.
Horas antes do duplo homicídio, Digony fez uma sequência de stories anunciando suas rifas à beira mar e no comando de uma moto aquática. O casal deixa dois filhos, um de três e outro de onze anos. O mais velho era filho biológico apenas de Naroka. A 33ª DT / Monte Gordo vai conduzir as investigações sobre a execução dos dois.
O enterro do casal ocorreu na tarde de segunda-feira (12), no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
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Fonte: Correio 24 horas
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