Feira de Santana

Polícia prende suspeito de triplo homicídio; advogado pedirá revogação da prisão

Segundo advogado, não há provas contra o investigado. O pai dele encontra-se preso, também apontado como suspeito de participação.

15/09/2022 às 07h37, Por Andrea Trindade

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vitimas de triplo homicídio no bairro Campo Limpo em fevereiro de 2022
Vitimas de triplo homicídio.

Investigadores da Delegacia de Repressão a Furtos (DRFR) cumpriram o mandado de prisão temporária, na tarde de quarta-feira (14) contra um morador do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, suspeito de envolvimento em um triplo homicídio no dia 28 de fevereiro deste ano.

As vítimas foram: Pedro José Correia dos Santos, 36 anos, Jessica Souza da Cruz, 28, e a filha do casal Maila da Cruz Correia, de 11 anos de idade (relembre aqui).

A prisão ocorreu durante apuração dos investigadores de uma denúncia contra homens que estariam escondidos em uma chácara próximo ao distrito de Tiquaruçu, de posse de um veículo Toyota Corolla. Ao chegar ao local, os policiais descobriram que o veículo não tem restrições de furto ou roubo, mas que pertence ao suspeito, que estava com o mandado de prisão em aberto.

O advogado Hércules Oliveira informou ao Acorda Cidade, que vai pedir a revogação da prisão temporária. Segundo ele, não foi comprovado o envolvimento do investigado no triplo homicídio.

Vale ressaltar que o pai do investigado também foi apontado como suspeito de envolvimento nas três mortes, e encontra-se preso no Conjunto Penal de Feira de Santana.

“A instrução processual já se encerrou e está nas alegações finais. Depois da instrução ao crivo da contradição da plenitude de defesa, restou comprovado, salvo melhor juízo, mas é isso que está nos autos, a não participação do filho neste crime. A defesa conseguiu desnudar os autos processuais e entende que não há provas de que ele tenha participado do crime. A prisão dele ocorre em razão de decreto anterior, mas quando as alegações finais serem apresentadas vamos pedir a revogação desta prisão e com certeza o juiz irá conceder”, garantiu.

Hércules Oliveira informa que havia indícios contra pai e filho no início das investigações, que foram descartados posteriormente.

“No início das investigações existiam indícios de que um seria o autor e o outro o mandante. Com esses indícios, a autoridade policial entendeu por representar pelas prisões, contudo, no transcorrer da instrução processual, na fase judicial, esses indícios não foram comprovados, pensa assim a defesa, diante da fragilidade do depoimento das pessoas, inclusive, a senhora que estava dentro da casa, que é testemunha de visu, não reconhece nem o pai, nem o filho, na cena do fatídico. Isso é uma questão inafastável. Ela posteriormente foi investigada como possível autora ou coautora do crime e também não se provou a participação dela”, destacou o advogado.

Outro fato relatado pela defesa é de que meses antes, outras pessoas invadiram a casa de Pedro Correia (vítima), com arma em punho cobrando dele ferramentas que teriam sido subtraídas de uma obra em Riachão do Jacuípe. “Sobre este ponto, não houve investigação, que é um ponto muito mais forte para elucidar a prática deste terrível crime contra estas três pessoas”, afirmou o advogado.

Saiba mais: Três pessoas da mesma família são assassinadas em Feira de Santana

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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