Polícia
Polícia descarta latrocínio e investiga morte de assessor parlamentar como homicídio
Vítima foi abordada por dois homens em moto, no bairro de Narandiba. Ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime. Família pede justiça.
17/11/2018 às 17h47, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
A Polícia Civil da Bahia descartou a hípotese de latrocínio no caso do estudante e assessor parlamentar Jerrian Cunha Silva, de 28 anos, que foi atacado a tiros em Salvador. A informação foi divulgada na tarde deste sábado (17).
Conforme a polícia, o caso, que está sob investigação da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), é tratado como homicídio. Contudo, ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime.
Jerrian foi morto na última segunda-feira (12), quando voltava para casa, após o trabalho. De acordo com a polícia, ele foi abordado por dois homens em uma moto, quando passava pela Avenida Edgar Santos, no bairro de Narandiba, onde morava atualmente.
Em contato com o G1, o irmão de Jerrian, Pedro Cunha, contou que o assessor parlamentar nunca relatou ameaças para a família, mas acredita que a atividade política dele na região da Chapada Diamantina possa ter relação com o caso.
"Não relatou ameaça por que aqui em casa nós o aconselhávamos a não denunciar as irregularidades por medo de algo contra ele, então, para não nos preocupar, não nos relatava. Mas é uma possibilidade. O meu irmão sempre denunciou irregularidades nos municípios da Chapada, chegou a ser intimado algumas vezes. É possível que alguém tenha se sentido prejudicado por isso", conta.
Segundo Pedro, Jerrian morava em Salvador desde agosto do ano passado, quando começou a estudar Ciências Sociais na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). O jovem era o terceiro de quatro irmãos – dois homens e duas mulheres.
Tanto Pedro quanto as duas irmãs de Jerrian, que moram em São Paulo, retornaram para a Bahia para acompanhar as investigações. A família é natural da cidade de Boninal, na Chapada, mas os pais moram atualmente em Seabra, na mesma região do estado.
"Estamos muito abalados. Ele era o mais próximo dos meus pais, vinha com mais frequência a nossa casa em Seabra. Meus pais estão bastante tristes e inconformados. Meu irmão nunca teve nenhum problema com drogas, bebidas, sempre teve muitos amigos, ajudou muita gente… Nos conforta a quantidade de pessoas que nos procuram para relatar o quanto ele era especial, além de Deus, a quem cremos e confiamos incansavelmente", relata Pedro.
O jovem foi enterrado na última quarta-feira (14), no distrito de Macambo, na cidade de Boninal, na região da Chapada Diamantina.
Fonte: G1
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