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O que é heteroidentificação? Professora da Uefs explica
Para falar sobre o tema, conversamos com Sandra Nívea, que atua na Pró-reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae)
19/02/2024 às 08h19, Por Jefferson Araújo
Os interessados em ingressar em cursos de nível superior ou cargos públicos através das cotas raciais devem ser submetidos a uma banca de heteroidentificação. O procedimento é uma fase complementar à autodeclaração na maioria das instituições do país. O mecanismo visa garantir que as vagas destinadas às cotas raciais sejam ocupadas somente pela população negra.
Para explicar melhor o tema, conversamos com a professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sandra Nívea Soares, pró-reitora de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae).
“A instituição das cotas raciais no Brasil iniciou-se ainda nos anos 2000, época em que nós tínhamos apenas a autodeclaração. Após as denúncias de fraudes nas vagas de cotas, repensa-se a metodologia para que o direito chegue a quem realmente tem direito e uma das estratégias é a banca de heteroidentificação, procedimento que visa coibir fraudes”, afirmou a Pró-reitora.
Sandra Nivia explicou como é feita a composição e funcionamento da banca de heteroidentificação da Uefs. A avaliação dos candidatos ocorre em duas etapas, sendo a primeira realizada de maneira online por meio de um sistema desenvolvido pelo departamento de informática da instituição. Na segunda etapa, os candidatos se apresentam presencialmente. Os candidatos que tiverem os pedidos indeferidos podem recorrer a uma banca revisora.
Ao longo da conversa, a professora Sandra abordou diversos temas, como o colorismo, os debates sobre a validade da heteroidentificação e a utilização do termo “moreno”. A professora defendeu a manutenção das políticas afirmativas no Brasil e classificou quais são os maiores desafios enfrentados pela população negra do país.
Ficou curioso para saber mais sobre o tema? Confira o podcast completo sobre heteroidentificação com a Pró-reitora Sandra Nívia Soares ouça no player abaixo.
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Fico feliz em saber que cada vez mais pessoas estão percebendo o quão absurdos são esses “tribunais raciais” imposto pelas universidades públicas. A obrigação do estado é fornecer Educação de qualidade a todos os brasileiros, independentemente de fenótipo, ideologia ou qualquer outro critério discriminatório. Graças a Deus, está ficando para trás a submissão acovardada e fanática diante dessa cantilena racial.
Não é questão de inteligência pela cor, é pela oportunidade a escola pública tém a mesma qualidade das partculares os negros tém que trabalhar muito cedo enquanto ás pessoas que tém condições estuda fora do País , quando foi libertados os negros eles não tinha dinheiro para ter uma vida digna criaram á escravidão social: senzala favelas, salários menores, funções menores e quando vc conseguia chegar lá não assumia por causa da cor já aconteceu com uma pessoa da minha familia.
Isso é um tipo de racismo,pq a cota só vai ser para população negra e a população branca nada?Nem todos da população branca tem condições, está havendo uma discriminação racial terrível nesse país,a nossa história é uma mistura de raças muito grande desde quando descobriu o Brasil,a nossa etnia vem do preto,do branco e do índio; depois de muitos anos ainda se predomina esse racismo diabólico.
Único país do mundo a medir a inteligência e o conhecimento das pessoas pela cor. Sou branco e descendência negra, e aí? Me poupem estas divisões que políticos e grupos diversos interesseiros criaram.
Oxem eu sou um trans negro serei discriminado?