Polícia

PM elucida morte de policial em 2016 e Civil vai reabrir investigação

De acordo com o delegado Fabrício Linard, novos elementos vieram à tona, após um auto de resistência.

09/04/2018 às 16h42, Por Andrea Trindade

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Daniela Cardoso 

Atualizada às 18:31

A Polícia Civil de Feira de Santana vai solicitar a reabertura do inquérito que investiga o assassinato do policial militar José Jardel Lima Santos, que foi encontrado morto, dentro do porta-malas de um veículo na extensão da Avenida Fraga Maia, nas proximidades do Conjunto João Paulo II, em Feira de Santana, em junho de 2016.

De acordo com o delegado Fabrício Linard, novos elementos vieram à tona, após uma troca de tiros, no bairro Parque Ipê no último dia 02, entre a Polícia Militar e José Francisco Santos de Jesus, 24 anos, suspeito de ser o autor do assassinato do policial. O suspeito morreu no confronto e, ao ser ouvida na delegacia, a companheira dele informou detalhes do homicídio que vitimou o policial Jardel.

“A companheira dele foi levada para a Delegacia de Homicídios para prestar depoimento sobre como ocorreu esse confronto. Após alguns detalhes, conseguimos descobrir e elucidar em parte o caso do soldado Jardel. Segundo ela, o companheiro teria sido o autor desse crime e teria passado detalhes para ela de como tudo ocorreu. Ela guardou essa informação e só falou agora, após a morte dele”, informou o delegado.

Segundo Linard, a morte do policial foi um caso com muitas linhas de investigação e o inquérito foi remetido à justiça em julho do ano passado. Em novembro, o Ministério Público pediu o arquivamento e agora, com as novas evidências, a Polícia Civil vai pedir o desarquivamento.

Ele informa que a polícia já ouviu nesta semana várias pessoas e novos elementos surgiram, inclusive apontando o motivo do crime, que teria sido praticado por José Francisco Santos de Jesus, com envolvimento de duas mulheres.

“Ouvimos uma testemunha, além de outros elementos averiguados, e apontam que duas mulheres, que tinham uma relação comercial com Jardel e eram devedoras do mesmo, teriam armado essa morte para extinguir esse débito. A esposa do policial foi uma pessoa investigada na época crime, mas agora esclarecemos que ela nada teve a ver”, destacou.

O delegado Fabrício Linard informou ainda que devido à situação em que o corpo foi encontrado, enrolado com um lençol no porta-malas de um veículo, a polícia acredita que mais de uma pessoa está envolvida na prática do homicídio.

“As informações que temos é que ele teria agido junto com essas duas mulheres. Elas já foram identificadas, já foram trazidas até a delegacia na terça-feira, onde foram ouvidas. Elas negam o envolvimento, mas vários elementos apontam para as mesmas. Os últimos sinais de celular dele apontam para o bairro onde uma delas mora e elas confirmaram que ele esteve lá. Tudo indica que o crime foi praticado a mando das duas suspeitas. Agora estamos à procura da arma da vítima”, informou.

O confronto

Segundo o sargento Brito, da Peto 66, da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar, a guarnição estava fazendo rondas ostensivas pelo bairro, quando foi solicitada pela companheira do suspeito que reportou que ele estava a agredindo há dias e havia lhe ameaçado com uma arma.

Ainda segundo o sargento, ao chegar à residência do casal, a polícia foi recebida a tiros e revidou. José Francisco Santos de Jesus foi baleado e chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu. Na ação a polícia apreendeu com José Francisco um revolver calibre 32, duas balanças precisão e uma quantidade de dolões de maconha.

“Após o acontecido a mulher dele nos relatou alguns fatos do crime contra o policial José Jardel Lima Santos com riqueza de detalhes e o acusa de ter sido o autor do assassinato, que, segundo ela, foi a mando. Agora a Polícia Civil vai se empenhar para dar continuidade a investigação desse caso” afirmou o sargento Brito.
 

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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