Dilton e Feito

Piloto contradiz Temer e confirma versão de Joesley sobre viagem e flores

Depois de, inicialmente, negar ter voado na aeronave, o presidente confirmou o voo, mas ressaltou que não sabia quem era o proprietário do avião.

09/06/2017 às 09h58, Por Brenda Filho

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O piloto que levou em 2011 o então vice-presidente Michel Temer e sua esposa, Marcela Temer, para Comandatuba (BA) a bordo de um avião do empresário Joesley Batista confirmou a versão do delator da JBS sobre a viagem. Em entrevista ao jornal O Globo, José de Oliveira Cerqueira disse ter entregado pessoalmente a Marcela um buquê de flores assim que ela entrou, acompanhada do marido e do filho, no Learjet PR-JBS. Ele afirmou que contou ao casal que as flores eram um presente da mãe do empresário, Flora Batista. “Me mandaram entregar as flores no avião. A própria empresa me orientou a informar que quem enviou foi dona Flora”, declarou o comandante ao repórter Thiago Herdy. A declaração do piloto contraria a última versão dada por Temer sobre o episódio. Depois de, inicialmente, negar ter voado na aeronave, o presidente confirmou o voo, mas ressaltou que não sabia quem era o proprietário do avião. Joesley contou à Procuradoria-Geral da República que o peemedebista sabia que o Learjet era dele e que lhe telefonou para agradecer pelas flores e pedir o contato de sua mãe para manifestar a ela sua gratidão pela gentileza.

Ciúme

O empresário disse que foi ele o responsável pelo envio do buquê, mas que atribuiu o presente à sua mãe para evitar que o então vice-presidente ficasse enciumado. O piloto confirmou essa versão ao Globo. Cerqueira disse que deixou de prestar serviço para a JBS ainda em 2011 e que nunca mais teve contato com Joesley. Temer voou na aeronave de São Paulo até o litoral baiano em 12 de janeiro de 2011. Na tarde do mesmo dia o levou até Brasília. Dois depois, o avião foi da capital paulista para a Bahia buscar a família do peemedebista. O piloto, que tem 33 anos de experiência, afirmou que não tem lembrança de detalhes da viagem: “Aconteceu há mais de seis anos, isso é muito tempo”. “Sempre que tem um voo, nós tripulantes ficamos sabendo muito em cima da hora quem são os passageiros. Nesse, foi do mesmo jeito. Então, eu não posso afirmar o que o preidente e a família sabiam, o que se falou dentro do avião, porque a gente não tem esse acesso”, declarou. Cerqueira confirmou o episódio das flores citado pelo empresário em sua delação premiada. “O que posso te dizer é que teve as flores. Não comprei, mandaram entregar lá. Fiz o que a empresa me mandou fazer. Isso tudo que o Joesley falou é verdade”, afirmou o piloto. Leia mais no Congresso em Foco

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