Saúde

Parentes de pacientes reclamam de atendimento na emergência do HDPA

O fato aconteceu ontem (29).

30/07/2020 às 17h34, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Pacientes que fazem tratamento na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Feira de Santana (Unacon) e precisaram ser atendidos ontem (29) na emergência do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), reclamaram do atendimento e informaram que não há nem maqueiros para ajudar a socorrer os pacientes e retirá-los da ambulância.

Uma senhora que se identificou como Iraildes, contou à reportagem o Acorda Cidade que levou o marido que tem câncer para ser atendido na emergência do HDPA por recomendação do médico oncologista e ao chegar ao local, o atendimento foi péssimo.

Ela afirmou que não havia muitas pessoas aguardando o atendimento na emergência, e a postura dos profissionais foi de descaso diante de quem precisava. De acordo com ela, além do seu esposo, pacientes idosos, debilitados, que se alimentam por sonda também não foram atendidos de forma adequada.

“Pessoas que precisavam de um socorro rápido e os funcionários não estavam nem aí. No balcão não tinha ninguém que pudesse atender. Fomos denunciar, ligamos para a rádio e só depois disso que nos colocaram em uma sala. Quando os repórteres chegaram nem podemos falar com eles pessoalmente. Isso é uma vergonha. Nem um maqueiro para ajudar a socorrer o paciente não tem. O HDPA está em uma situação decadente”, declarou.

Outra senhora que não quis se identificar, afirmou que passou pela mesma situação de descaso no atendimento com o seu tio. O paciente é do distrito de Jaguara, chegou à emergência sentindo muitas dores e os funcionários não deram importância a sai situação.

“Só depois que eu comecei a gritar, reclamar é que apareceu a assistente social. O atendimento está uma vergonha, uma humilhação e muito decepcionante”, concluiu.

O médico Rodrigo Matos, coordenador da emergência do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), declarou que ontem (29), o hospital teve um fluxo grande de pacientes na emergência, não só numérico, mas de pacientes com complexidades que necessitaram cuidados mais demorados e isso gerou uma espera maior para os demais pacientes que aguardavma o atendimento. De acordo com ele, esse fato foi atípico e não faz parte da rotina da unidade de saúde.

“Nós somos referência no atendimento ao paciente oncológico, temos o maior cuidado e carinho nessa assistência. Mas, infelizmente, quando o médico se depara com situações que exigem mais tempo de dedicação, porque aquela assistência vai fazer diferença muitas vezes entre a vida e a morte de paciente, acaba atrasando eventualmente atendimentos que estão aguardando não com menor sofrimento ou menor importância, mas muitas vezes com menor gravidade e ontem, aconteceu isso. De uma forma mais marcante, onde pacientes, inclusive idosos, ficaram aguardando um tempo maior na emergência”, pontuou.

Rodrigo observou ainda que e está em constante reflexão para a melhoria dos processos no hospital para que situações como a que ocorreu ontem sejam amenizadas.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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