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Para a CNI, privatizações vão modernizar as empresas e impulsionar a economia

Confederação Nacional da Indústria destaca que solução, sobretudo para os atuais gargalos da infraestrutura do Brasil, passa pela expansão da participação da privada nos investimentos e na gestão do setor.

22/08/2019 às 10h09, Por Kaio Vinícius

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positiva a decisão anunciada nesta quarta-feira (21) pelo governo federal de privatizar companhias estatais. A privatização é o instrumento adequado para reduzir custos e modernizar as empresas, a partir da transferência de ativos do Estado para a iniciativa privada, que é reconhecida por sua eficiência e maior capacidade do que o ente público para investimentos, gestão e governança.

Para o presidente da CNI em exercício, Antonio Carlos da Silva, a continuidade e o aprofundamento dos processos de privatizações, por meio do bem-sucedido Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), são fundamentais para impulsionar a economia brasileira e auxiliar na pavimentação de um novo ciclo de crescimento com base na expansão do investimento.

“Existe um consenso de que a solução, sobretudo para os atuais gargalos da infraestrutura do Brasil, passa, obrigatoriamente, pela expansão da participação da iniciativa privada nos investimentos e na gestão do setor”, destaca o presidente da CNI em exercício.

O Brasil tem 134 empresas estatais federais, sendo 50% na área de infraestrutura. Uma das principais, a Eletrobras, foi incluída na lista anunciada pelo governo. A CNI considera que o processo de capitalização e desestatização da empresa fundamental para que a companhia possa realizar os investimentos necessários sem as amarras do controle público e com a agilidade do setor privado.

A Eletrobras detém mais de 30% da geração do Brasil e mais de 70 mil quilômetros de linhas de transmissão. De acordo com Antonio Silva, o modelo de privatização previsto para a Eletrobras avança na direção do aumento da eficiência e no combate a ingerências políticas que tantos prejuízos já causaram à empresa e ao Brasil. “Além disso, esse modelo está inserido no contexto de reforma estrutural do setor elétrico brasileiro”, afirma o presidente da CNI em exercício, ressaltando que o atual modelo tem apresentado claros sinais de esgotamento.

O anúncio feito pelo governo também inclui importantes estatais da área dos transportes, como as Companhias Docas de São Paulo e do Espírito Santo, que possuem problemas crônicos de baixa capacidade de investimento. Na avaliação da CNI, a solução para tornar os portos eficientes passa por um processo semelhante ao que vem ocorrendo no país com os aeroportos, que ganharam em qualidade depois de concedidos para a iniciativa privada.

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