Odungê leva feirenses para o Dia da Consciência Negra em Salvador

25/11/2009 às 08h36, Por Dilton e Feito

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O município de Feira de Santana, mais uma vez, foi bem representado, nas atividades sociopolítico-culturais da capital baiana, em comemoração ao dia da Consciência Negra. O 20 de novembro, em Salvador, foi marcado por protestos, manifestações artísticas, palestras, festas, conquistas e promessas de dias melhores.

 Um grupo formado por jornalistas, artistas e representantes de entidades afros, mediante o convite de Lourdes Santana, presidente do Odungê – (Núcleo, Cultural, Educacional e Social Quilombola de Feira de Santana), participou da XXX Marcha da Consciência Negra, organizada pela Coordenação Nacional das Entidades Negras (CONEN) e do ato público na Praça Castro Alves, que contou, sobretudo, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 Na oportunidade, Lula assinou 30 decretos para a titulação de comunidades de quilombos de 14 estados; anunciou a transformação do dia 20 de novembro em feriado nacional, a partir do próximo ano e prometeu empenho total para a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em tramitação no Senado. Durante o evento, o presidente foi agraciado com a Medalha Zumbi dos Palmares, concedida pela Câmara Municipal de Salvador. A programação foi finalizada com o show da cantora baiana Margareth Menezes. 

Dia da Consciência Negra

 A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, além de tornar obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que o Brasil comemora o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

Zumbi representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos – locais de refúgio dos escravos negros brasileiros – representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana. A criação desta data foi importante, pois serve, sobretudo, como um momento de conscientização e reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Madalena de Jesus

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