Dilton e Feito

No Twitter, Dilma comenta documentário sobre golpe de 1964

Presidente relatou ter assistido ao filme 'O dia que durou 21 anos'. Ela disse ter ficado surpresa com 'interferência americana' no Brasil.

19/10/2013 às 16h28, Por Maylla Nunes

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A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado (19), em sua conta no microblog Twitter, que ficou surpresa com a suposta "interferência americana" nos episódios que culminaram no golpe militar de 1964, retratada no documentário “O dia que durou 21 anos”, do diretor Camilo Tavares. Segundo Dilma, que militou contra o regime militar, até mesmo quem "viveu os anos 60" irá se impressionar com os fatos relatados na película. "Mesmo quem viveu os anos 60 fica surpreso c/ [sic] a extensão da interferência americana no Brasil naquele momento, revelada pelo documentário", escreveu a chefe do Executivo na rede social. Dilma recomendou o filme aos seus quase 2 milhões de seguidores no Twitter. A petista relatou que o documentário exibe um "precioso" acervo de gravações e documentos oficiais dos EUA, incluindo até mesmo gravações dos presidentes norte-americanos da época. A presidente contou na internet que as gravações exibidas no filme endossam as articulações do então embaixador norte-americano Lincoln Gordon "a favor" do golpe no Brasil. "Conhecer a historia do Brasil ajuda a entender melhor como chegamos a ser o que somos. Olhar para trás é importante. Assim aprendemos com os erros e reafirmamos nossos acertos", ressaltou a chefe do Executivo no microblog. Na noite desta sexta (18), a presidente recebeu convidados para uma sessão exclusiva de cinema no Palácio do Alvorada na qual foi exibido o documentário de Tavares. O filme mostra a participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964 e o então embaixador norte-americano no Brasil como um dos articuladores do movimento que depôs o presidente João Goulart. Em três anos de pesquisa, o diretor reuniu gravações em poder do National Security Archives e documentos secretos da CIA, a agência de inteligência dos EUA. Áudios revelam conversas entre Lincoln Gordon e o então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, sobre o movimento militar. O documentário concorreu à indicação do governo brasileiro para disputar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mas perdeu para “O Som ao Redor”, de Kléber Mendonça.
Camilo Tavares é filho de Flávio Tavares, um dos 15 presos políticos trocados em 1969 pelo embaixador dos Estados Unidos, sequestrado na época por organizações de esquerda que combatiam o governo militar. Outro dos presos políticos do grupo foi o ex-ministro José Dirceu, então dirigente estudantil. As informações são do G1.

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