Durante a entrevista, Gregório chorou e afirmou que não matou o empresário
04/08/2014 18h39, Por Kaio Vinícius
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Daniela Cardoso
Após Gregório Santos Teles conceder uma entrevista negando a participação no assassinato do empresário Gil Marques Porto Neto, ocorrido no dia 21 de maio deste ano, e apontado outras pessoas como responsáveis pelo crime, o delegado João Uzzum, que faz parte de uma força-tarefa que investiga vários crimes na cidade, informou que não há dúvidas da participação dele. De acordo com o delegado, durante as investigações, vários elementos apontam que Gregório participou do crime, e por isso a prisão dele foi decretada.
“Ele foi interrogado após a prisão e na última sexta foi reinterrogado para esclarecer alguns pontos na investigação. Gregório forneceu elementos importantes de como está o mecanismo dessa quadrilha que existe em Feira de Santana, especializada na invasão de terrenos alheios, e no tocante à questão do assassinato de Gil Porto, ele não confessou a autoria do delito, no entanto, confessou a questão dos atritos ocorridos com a vítima”, afirmou o delegado.
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Outro elemento citado pelo delegado é o fato de Gil Porto ter gravado no celular um vídeo de um dos desentendimentos que teve com Gregório e, no dia do crime, o celular da vítima ter desaparecido. “Todo o contexto probatório já colhido nos autos conduz à certeza da participação de Gregório na morte de Gil Porto, tendo em vista que ele invadiu um terreno que havia sido negociado pelo corretor de imóveis e posteriormente houve o atrito”, disse.
Não há duvidas da participação dele
Durante a entrevista, Gregório chorou e afirmou que não matou o empresário. Ele disse que foi usado como bode expiatório no caso e que o mandante do crime é “gente grande” na cidade, porém não citou nomes.
Sobre as declarações de Gregório, o delegado João Uzzum disse que ele tem direito a defesa e de alegar o que quiser, porém ele ressaltou que não há dúvida, diante de todos os elementos que foram juntados, da participação de Gregório no assassinato do corretor de imóveis. Contudo, o delegado informa que a participação de outras pessoas está sendo investigada.
“Inicialmente, uma investigação policial é composta por vários elementos, que se materializam em um inquérito policial e leva à convicção do delegado que preside. Ele alegou a existência de outras pessoas, mas se negou a citar nomes. Essa tática tem o objetivo de tentar conduzir a linha de investigação em outro sentido e confundir a opinião pública. A participação de outras pessoas está sendo investigada, mas não há dúvidas da participação dele” afirmou.
Elementos encontrados na residência do acusado
Os elementos encontrados na residência de Gregório, a exemplo da escritura falsificada do terreno, também o apontam como autor do crime, segundo informou João Uzzum. O delegado informou que contratos de outros terrenos, além de dinheiro, também foram encontrados e apreendidos.
Após a prisão, cumprimos a busca e apreensão na residência dele onde encontramos diversos outros elementos que apontam a participação de Gregório. A Polícia Civil já está prestes a encerrar o trabalho nesse caso. Outras pessoas relacionadas estão sendo ouvidas sobre a questão dos terrenos. Sobre o caso de Gil Porto, a minha expectativa é que a força-tarefa consiga relatar os inquéritos em breve.
Escritura falsa
Sobre a escritura falsificada, o delegado explicou que existem dois tipos de contratos: as escrituras públicas registradas em cartórios, que segundo ele, passam a segurança jurídica, e as escrituras particulares, que podem ter o conteúdo falso.
“Os contratos particulares, que algumas pessoas chamam de contratos de gaveta, podem ser lavrados pela própria pessoa, sem a necessidade de um cartório, mas também podem ser lavrados em cartórios, porém o conteúdo pode ser falso e esse é o caso do documento que encontramos na casa de Gregório. É um contrato particular feito em um cartório, mas é falso em seu conteúdo. O que narra no contrato não aconteceu”, explicou.
Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado
Após a conclusão do trabalho feito pelos delegados que compõem a força-tarefa, todos os indícios recolhidos serão encaminhados para o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que segundo informou João Uzzum, deve instaurar outra força-tarefa para dar continuidade às investigações.
“O Ministério Público nos auxiliou na nossa força-tarefa e agora vamos concluir os trabalhos, tendo em vista que as apurações nos apontaram para a prática de outros delitos relacionados à questão de grilagem de terra, de formação de quadrilha, estelionato, falsificação de documentos, possível participação de funcionários públicos envolvidos, de advogados, de corretores, e tudo será encaminhado para o Gaeco para dar continuidade, tendo em vista que a Delegacia de Homicídios é para a elucidação desse tipo de crime”, explicou.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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