Guerra an Ucrânia

Kiev, capital da Ucrânia, volta a ser alvo de ataques da Rússia, e 11 morrem

Polícia diz que mísseis deixaram também 64 feridos, em um dos piores bombardeios à capital ucraniana desde o início da invasão russa ao país vizinho.

10/10/2022 às 10h03, Por Acorda Cidade

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Foto: TV Globo

Depois de mais de três meses sem ataques, Kiev voltou a ser fortemente bombardeada pela Rússia nesta segunda-feira (10). Em uma das piores investidas contra a capital ucraniana desde o início da guerra no país, 11civis morreram e 60 ficaram feridos. Moscou atacou ainda outras cidades grandes do país, indicando uma nova fase de escalada da guerra que já dura sete meses e meio.

O presidente russo, Vladimir Putin, falou que os mísseis lançados nesta segunda-feira fazem parte de uma “forte resposta” que suas tropas já começaram a fazer ao bombardeio, no sábado (8), de uma ponte na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014 (leia mais abaixo). Putin acusou a Ucrânia pela autoria da explosão e ameaçou uma onda de novas investidas.

Já o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou e acusou a Rússia de querer causar pânico e caos em seu país.

Segundo a a polícia de Kiev, 11 pessoas morreram por conta do bombardeio, que atingiu principalmente Shevchenkivskyi, o distrito central de Kiev. Centenas de pessoas passavam no momento pelo local, que vive relativa normalidade desde o início do ano, quando, depois de um diálogo de paz entre as duas partes, as tropas russas se retiraram da capital ucraniana.

Outras cidades importantes do país e que vinham sendo poupadas dos ataques russos havia meses, como Lviv, que fica perto da fronteira com a Polônia, também foram atingidas por mísseis nesta segunda-feira.

A agência de notícias ucraniana Uniam também informou que vários mísseis atingiram Dnipro, um importante centro industrial na região da capital do país, e as cidades de Zhytomyr, Ternopil e Khmelnytskyi.

Imagens gravadas no centro de Kiev mostraram ruas atingidas pelos mísseis, carros pegando fogo, civis mortos e muita fumaça. Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, a Rússia disparou ao menos 83 mísseis contra Kiev, Lviv e Zaporizhzhia. Kiev diz ter interceptado e abatido 40 deles.

O prefeito de capital ucraniana, Vitali Klitschko, disse no Telegram que as explosões ocorreram no “coração da cidade” e que os alvos eram sua infraestrutura. Ele pediu aos moradores para permanecerem em abrigos e evitarem a região central da capital.

Logo após os bombardeios, civis lotaram a estação de metrô Vystavkovyi Tsentr, no centro. Pela tarde, as sirenes que anunciam possibilidade de um ataque voltaram a soar na cidade.

Logo após o ataque, líderes da União Europeia já se pronunciaram, e prometeram retaliação.

Os líderes do G7 – o clube das nações mais ricas do mundo, que recentemente excluiu a Rússia – anunciou uma reunião virtual de emergência na terça-feira (11) com a participação de Zelensky para discutir reações à nova ofensiva da Rússia.

Kiev sofreu intensos bombardeios ​​no início da guerra, mas viveu relativa calmaria por meses, até os ataques desta segunda-feira. A Rússia abandonou um avanço em Kiev por causa da forte resistência ucraniana, impulsionada pelo recebimento armas ocidentais.

Desde então, Moscou e seus representantes se concentraram no sul do país e na região do Donbass, um território oriental composto por Luhansk e Donetsk.

Segundo o governo, os ucranianos já estavam se preparando para a possibilidade de retaliação de Vladimir Putin, por conta do ataque à ponte da Crimeia no fim de semana. Sirenes alertaram para ataques aéreos em todo o país.

No domingo (9), um ataque com mísseis russos na cidade de Zaporizhzhia atingiu um prédio de apartamentos e várias casas particulares, matando pelo menos 13 pessoas e ferindo 60, disseram autoridades ucranianas.

A única ponte que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, foi atingida por explosões neste sábado. A “Ponte da Crimeia” foi inaugurada em 2018 por ordem do presidente Vladimir Putin e, atualmente, é estratégica para os russos nos conflitos contra a Ucrânia.

Fonte: g1

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