Cultura
Mostra Sesc de Artes ganha formato virtual e privilegia temática afro-brasileira
Entre os dias 25 e 29 de novembro, o público poderá conferir a programação especial da Mostra Sesc de Artes – Aldeias Bahia, com diversas linguagens artísticas
25/11/2020 às 09h36, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
Neste ano de 2020, com o advento da pandemia, as três Mostras de Artes realizadas pelo Sesc Bahia nas cidades de Salvador (Aldeia Pelourinho), Feira de Santana (Aldeia Olhos D’água) e Paulo Afonso (Aldeia Mulungu) estarão juntas em um só lugar, potencializando suas ações e alcançando públicos para além de seus territórios e limites geográficos. Entre os dias 25 e 29 de novembro, o público poderá conferir a programação especial da Mostra Sesc de Artes – Aldeias Bahia, com diversas linguagens artísticas, no canal do Sesc Bahia no YouTube (www.youtube.com /SescBahiaOficial).
A Aldeia Pelourinho, a mais antiga das três, é realizada desde 2005, e ao longo de suas 15 edições recebeu artistas nacionais e internacionais das mais diversas estéticas e linguagens no Teatro Sesc Senac Pelourinho e nas ruas do Centro Histórico. A Aldeia Olhos D’Água é assim denominada em homenagem ao primeiro nome dado à Feira de Santana. Durante nove anos ocupou diversos espaços culturais, ruas e praças da cidade, ampliando a troca de experiências entre artistas, público e formadores de opinião da região. Mulungu é o nome da aldeia de Paulo Afonso, em homenagem a árvore medicinal que é encontrada em grandes quantidades em algumas regiões da cidade. Com nove anos de história, a Aldeia Mulungu, assim como as demais também ocupou ruas e praças da cidade com atrações artísticas oriundas de diversas regiões do país, promovendo o intercâmbio artístico-cultural e desenvolvimento local.
A história dessas Aldeias não poderia ser interrompida! Pensando nisso e na importância que esses projetos têm para as suas cidades, públicos e artistas, o Sesc Bahia preparou uma curadoria especial com atrações artísticas veiculadas em ambiente virtual. A programação privilegia a temática afro-brasileira em alusão ao mês da Consciência Negra e traz teatro, dança, circo, música e contação de história. No dia 25.nov às 20h tem Quixabeira da Matinha – grupo é formado por trabalhadores rurais que desenvolvem um samba marcado por ritmos de diversas manifestações musicais populares, como folia de reis e bata de feijão. É considerado um mais importantes realizadores de samba de roda da Bahia!
Reverenciando ancestralidades, a história do livro As Mulheres Abayomi, do escritor baiano Adilson Passos, será contada no dia 26. Símbolo de resistência, tradição e poder feminino, as bonecas Abayomi contribuem para o reconhecimento do valor da identidade negra do povo brasileiro, um referencial positivo para o imaginário do universo infantil. O livro fala sobre igualdade de direitos e deveres, respeito e amor fraterno, pontuando a força guerreira criativa das mulheres como alquimia de transformação. O encontro com o escritor acontece às 18h.
Ainda no dia 26 de novembro às 20h a Banda Africania traz uma estética de música mestiça, em que o samba de batuque, Samba Chula, Toada dialogam com o Acid Rock, Jazz, Psy-trance, Música Progressiva e Psicodélica. Assentados na resistência e sacralidade da cultura afro-brasileira, trazem nesse show as diversas fases do grupo, com destaque a nova fase que tem como tema o Sertão da Bahia.
27 de novembro às 19h – Aos 50- Quem me aguenta é um monólogo com textos autorais da atriz Edvana Carvalho que traz sua experiência enquanto mulher negra, nordestina, professora e artista, que ultrapassa a barreira dos 50 anos e todos os desafios que essas condições impõem à mulher contemporânea.
27 de novembro às 20h - Xándra Diáfana apresenta o show "Negros Tons" com repertório de composições de mulheres negras que foram e são pioneiras na construção cultural brasileira como Dona Ivone Lara, Elza Soares, Lecy Brandão, Sandra de Sá, Iza, Luedji Luna e Mariene de Castro. A cantora passeia pela origem, religiosidade e afirmação, ligando passado e presente da representatividade afro-brasileira.
No dia 28, às 19h tem a performance Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo, dançarino, escritor e ator.Edu O. A proposta artística versa sobre os padrões corporais e morais que se impõem às individualidades e particularidades de cada um. Busca de forma sutil e imagética o respeito às diferenças, tolerância às escolhas pessoais e ao exercício do coexistir.
O domingo, 29, às 16h, está reservado para crianças e adultos com Gran Circus, das Fulanas Cia de Circo! Um espetáculo inspirado na história e na alma do circo brasileiro que mescla o circo tradicional com o contemporâneo, com números de malabarismo, palhaço, monociclismo, equilibrismo e aéreos. Uma grande brincadeira, na qual desfilam personagens do imaginário popular circense como as rumbeiras, os ciganos, os mágicos e suas partners magníficas.
Paralelo às atrações artistas, a Mostra Sesc de Artes realiza atividades formativas e traz na programação po dramaturgo Fernando Santana, o artista visual Denissena, o fotógrafo Tacun Lecy, a musicista Isis Carla, o artista gráfico Wilton Bernardo e a circense Luana Serrat, ministram oficinas nas suas áreas de atuação.
Para ficar por dentro de toda a programação, basta seguir os perfis da instituição nas redes sociais:
Instagram – @sescba
Facebook – facebook.com/sescbahia
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