Feira de Santana

Ministério Público apresenta ações que serão desenvolvidas na Micareta 2017

O MP irá trabalhar com uma estrutura de plantão associado a oito ou dez servidores com motorista para desempenhar fiscalizações durante o evento.

23/03/2017 às 16h56, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Os promotores de justiça Thiago Quadros e Audo Rodrigues estiveram reunidos com a imprensa na manhã desta quinta-feira (23) em Feira de Santana para apresentar as ações do ministério Público (MP) durante a Micareta 2017.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O promotor Thiago Quadros disse em entrevista ao Acorda Cidade que será mantida a estrutura de plantão do órgão e o intuito é sistematizar os trabalhos durante a festa. De acordo com ele, o trabalho será voltado para algumas áreas prioritárias.

"Atuamos em diversas áreas. Dentro do ambiente da Micareta algumas foram eleitas como prioridade. São aquelas áreas que naturalmente há uma demanda maior durante o evento. A parte da estrutura de saúde, a parte de segurança pública, a parte do trabalho infantil e também violência contra a mulher. Sem falar em algumas iniciativas relacionadas a própria estrutura de camarote e fiscalização das condições de funcionamento desses ambientes”, afirmou.

O promotor disse que o MP irá trabalhar com uma estrutura de plantão associado a oito ou dez servidores com motorista para desempenhar fiscalizações durante o evento. Ele informou ainda que a estrutura certamente será maior do que os anos anteriores.

“Do ponto de vista de estrutura física nós vamos pensar internamente qual é o melhor modelo para poder atender aos anseios da sociedade. O nosso portal já está sendo desenvolvido, já está em fase final de consolidação. Adotamos esse modelo de portal para dúvidas, recomendações e também teremos o cuidado de manter a imprensa atualizada acerca de todos os nossos atos e todos os trabalhos que estão sendo desenvolvidos”, acrescentou.

Para a área de saúde, haverá uma preocupação mais incisiva, conforme confirmou o promotor Audo Rodrigues. Ele observou que o MP já iniciou um trabalho junto à Secretaria Municipal de Saúde solicitando dados estatísticos e informações de toda a estrutura montada em Feira de Santana. Além disso, está sendo mantido o contato com o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) sobre a estrutura e as precauções em relação à acontecimentos associados à festa.

“Nosso propósito é fazer com que a própria população seja os nossos olhos na sociedade e no circuito de festa. A partir do momento, que nós tivermos as respostas devidas de toda uma estrutura que for montada, isso será amplamente divulgado e levado à população. Para que essa situação de fiscalização não fique única e exclusivamente a cargo do Ministério Público. Todo o planejamento do Ministério Público demanda da resposta que vai ser dada à Secretaria Municipal de Saúde aos questionamentos que foram feitos. A partir de estrutura , quantidade de profissionais que serão deslocados para o circuito da festa, quantidade de ambulâncias, as ações de retaguarda para transferência de pacientes que estejam no circuito da festa que por um motivo precisem ser transferidos para uma unidade mais adequada. Tudo isso demanda a nossa atuação posterior. A gente vai atuar o máximo em conjunto com o município sabendo das dificuldades, mas também obrigando este município a tomar as devidas cautelas principalmente quando se tem dados estatísticos de anos anteriores que já apontam para a incidência de algumas situações que podem ser prevenidas”, pontuou.

Audo Rodrigues também comentou sobre algumas mudanças que têm acontecido na Micareta de Feira de Santana e os investimentos da iniciativa privada. Ele ressaltou que mesmo que  festas como micaretas e carnavais tenham incentivos privados, alguns serviços são essenciais do estado.

“Eu acredito que o modelo da iniciativa privada é um modelo que está sendo feito em muitos locais do Brasil. A gente tem percebido que a iniciativa privada tem tomado à frente de ações dessa natureza. Mas, mesmo que a iniciativa privada venha tomar conta, alguns serviços são de natureza essenciais do estado e que jamais ele poderia se furtar a prestar. Antigamente havia os blocos de micareta que eram em sua imensa maioria com uma reduzida quantidade de camarotes privados. Hoje já está começando a se inverter a situação e a micareta deixa de ser mais uma situação de rua para ser uma situação privada em blocos ou em camarotes físicos que as pessoas pagam pelos serviços ali prestados. Independente disso, jamais o município vai se furtar de deixar de prestar dos serviços adequados”, finalizou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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