Corpo de Bombeiros realiza vistoria de trios elétricos e camarotes na Micareta de Feira 2024

A vistoria de trios elétricos e camarotes para a Micareta de Feira 2024 já está acontecendo através do Corpo de Bombeiros. O objetivo da inspeção obrigatória é a prevenção de eventuais danos nos equipamentos durante o evento, garantindo a segurança ao folião.

O Acorda Cidade esteve na manhã desta quinta-feira (18), primeiro dia da Micareta na Avenida Presidente Dutra, onde os trios são vistoriados e conversou com capitão BM Márcio Pedreira, Chefe da Seção de Segurança de Incêndio do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que explicou quais ações são realizadas durante a vistoria, que foi iniciada desde o mês de fevereiro.

“O que o Corpo de Bombeiros observa é a segurança contra incêndio e pânico. Esse trabalho se dá no final do mês de fevereiro, quando a gente começa a recepcionar os projetos de segurança contra incêndio e pânico. Realizamos as análises com o objetivo de homologar os projetos e emitir o atestado de conformidade para daí as estruturas começarem a ser montadas”, disse.

Além da vistoria diária em trios elétricos, mini trios, carros de apoio e demais veículos que estarão no circuito Maneca Ferreira da Avenida Presidente Dutra, os camarotes, de acordo com o Chefe de Segurança, também são passados pela inspeção, principalmente, com o propósito de evitar incêndios.

“Já com a emissão dos ACPs, isso me referindo as estruturas, nós fazemos as fiscalizações da montagem para evitar que no início da festa sejam identificados grandes problemas que precisam ser corrigidos ou que prejudiquem o andamento do evento. Fazemos as vistorias com o objetivo de identificar a execução dos sistemas de segurança contra incêndios. Com relação aos trios elétricos também, está publicado no site do CBNBA o que devemos observar, que é o que? A sinalização e saída de emergência, extintores, brigadas, que é exigido no mínimo dois brigadistas, pessoas que têm um olhar preventivo e conseguem observar e prevenir o acontecimento de incidentes”, frisou.

Questionado se houve a identificação de problemas relacionados aos trios elétricos no último ano, o capitão Márcio Pedreira enfatizou que um equipamento apontou um risco semelhante ao acontecimento no Carnaval de Salvador com o trio de Ivete Sangalo que teria vazado CO2 durante o rompimento de uma mangueira.

“Houve um problema semelhante ao do Carnaval de Salvador, no trio de Ivete Sangalo que foi o rompimento de uma mangueira de CO2 que é pressurizada. Apesar de ela não oferecer um risco de incêndio, ela provoca um pânico e foi o que ocorreu tanto em Salvador quanto na Micareta do ano passado e a gente controla, é exigido a responsabilidade, um documento de responsabilidade do cilindro e também um profissional competente para fazer a operação deste equipamento”, explicou.

Outro ponto de destaque na fiscalização do Corpo de Bombeiros, é a identificação de sobrecarga em trios, conforme o limite de pessoas que podem adentrar os veículos. Sobre este assunto, o Chefe de Segurança enfatizou que além do cumprimento e controle de acesso de pessoas nos trios, é obrigatório a presença de brigadistas, a fim de prestar o devido socorro caso seja necessário.

“Todo trio elétrico tem um limite de população e essa população tem que ser respeitada pelo proprietário do trio em primeiro lugar, aquele que está controlando diretamente aquele acesso e o Corpo de Bombeiros, ao longo do desfile desse trio no circuito, ele realiza a fiscalização observando isso. E aí entra também a obrigatoriedade dos brigadistas, eles também têm esse compromisso de estar controlando isso. Em relação aos camarotes também é a mesma coisa, todo camarote quando um projeto é apresentado para a gente, o responsável técnico que é o engenheiro civil, arquiteto, ele define a população durante o uso desse equipamento o responsável também deve controlar, e o Corpo de Bombeiros faz essa fiscalização”, disse.

O capitão Márcio Pedreira relembrou ainda que no último ano, dois palcos foram interditados, diante de falhas técnicas nas estruturas no momento da montagem.

“No ano passado tiveram que ser embargados dois palcos e eles foram embargados pela ausência do projeto, a legislação de segurança contra incêndios que o Estado da Bahia obriga que toda estrutura tenha. A ausência da apresentação desse projeto tem a previsão na legislação que cabe o embargo e isso foi realizado no ano passado com o objetivo de preservar a segurança. É importante destacar que o primeiro artigo da legislação de segurança contra incêndio do Estado da Bahia, ele traz lá claro o objetivo de toda essa legislação, de todo esse trabalho com os bombeiros que é proteger a vida”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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