Após nova reunião, barraqueiros e prefeitura não definem local de trabalho na Micareta

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jairo Carneiro Filho esteve reunido na manhã desta quarta-feira (22), no bairro Chácara São Cosme em Feira de Santana, com barraqueiros, o vereador Jurandy Carvalho e o deputado estadual Pablo Roberto, para dialogar sobre a localização das barracas na Micareta 2023.

O combinado da reunião foi visitar, na tarde de hoje, o circuito Maneca Ferreira de forma presencial e assim chegar a um acordo sobre a permanência das barracas na Avenida Presidente Dutra, diferente do que havia sido proposto pela prefeitura recentemente de que as barracas seriam realocadas para as ruas transversais do circuito.

O secretário relatou que o objetivo é manter um diálogo aberto e um alinhamento para buscar uma resolução para a questão.

“Viemos in loco fazer essa avaliação de forma presencial. Analisar o local com os representantes da comissão para que haja um entendimento”, disse.

No entanto, durante a visita ao circuito, a definição do local das barracas na Micareta ainda não foi resolvida.

O secretário frisou que a sugestão dos barraqueiros é que as barracas sejam montadas do lado oposto do point universitário e essa é uma possibilidade, uma vez que não tem camarotes nesta área.

“O poder público já analisou e chegamos a dar uma resposta de que tendo-se o entendimento estaríamos cedendo para que as barracas sejam montadas somente nesse trecho inicial de camarotes e a partir das vias seguintes usaremos as transversais como está no projeto micareta 2023. Há uma indecisão entre eles, uns acham que pode ser nas transversais e nesse trecho inicial, e outros somente nas transversais. Estou aguardado a decisão deles”, declarou.

O deputado estadual Pablo Roberto que participou da reunião relatou que foi convidado a discutir o assunto e que a pauta dos barraqueiros é legítima.

“Fazem parte do processo cultural da Micareta. Conversei com o prefeito e com o secretário. A reunião foi muito positiva e me sinto honrado em ter sido convidado”, declarou.

A barraqueira Marília Nascimento, que trabalha no ramo há 20 anos, frisou que depois de duas reuniões com o secretário hoje, o assunto voltou a estaca zero. Segundo ela, no local disponibilizado pela prefeitura do lado oposto do point universitário, só há espaço para cerca de 30 barracas. Além disso, por ser início do percurso, há pouco movimento. Outro ponto observado por ela, é que na transversais há também vendedores ambulantes.

“Voltamos a estaca zero, ele disponibilizou um local que não cabe todos os barraqueiros. Nós somos unidos, pelo menos do mesmo segmento. Não podem priorizar uma parte na avenida e outra nas transversais. Queremos continuar no mesmo local dos outros anos e ano que vem eles precisam fazer um estudo adequado para relocar as barracas”, encerrou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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