Vitamina D

Mesmo em período pandêmico, as pessoas precisam produzir a própria vitamina D, alerta especialista

O nutriente possui funções importantes no corpo, principalmente na regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo.

01/05/2021 às 06h57, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

A pandemia da Covid-19, iniciada no ano passado aqui no Brasil, trouxe muitos impactos para a sociedade, além das restrições, como o distanciamento social, fazendo com que as pessoas ficassem mais em casa.

Durante esse período, é provável que muitas pessoas, ao realizarem o isolamento, não tenham feito exposição ao sol, uma das atividades que facilita na produção própria da vitamina D. O nutriente possui funções importantes no corpo, principalmente na regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo.

Para o manobrista Ailton Batista, a vitamina D é essencial no organismo, pois ajuda no sistema imunológico do corpo humano e destacou que todos os dias, por conta da profissão, produz a própria vitamina pela exposição ao sol.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Por conta do meu trabalho eu saio de casa todos os dias e fico exposto ao sol, pela minha profissão, e isso ajuda no sistema imunológico do nosso corpo fazendo com que fortaleça nossa imunidade, ainda mais nesse período que estamos passando pelo vírus. Além do sol, geralmente faço o uso do suco de cenoura com laranja dia sim e dia não", afirmou.

Já o cantor gospel Juvenal Magalhães, além da exposição ao sol por trabalhar o dia todo pilotando moto, ao chegar em casa, faz o reforço com comprimidos de vitaminas.

"Eu trabalho o dia todo em cima de uma moto, saio de casa às 7, retorno no almoço, volto para trabalhar e depois só à noite para estar em casa. Então diariamente estou exposto ao sol. Essa é uma vitamina essencial porque protege todo o nosso organismo e, além disso, antes de sair de casa eu tomo os comprimidos que dissolvem na água, no almoço tomo um copo de água com limão e faço o consumo de bastante água durante o dia", disse ao Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Além dos comprimidos, Juvenal explicou que frutas e verduras também são ricas em nutrientes e por isso não deixam de fazer parte do seu cardápio.

"Eu sempre gosto de tomar suco de goiaba, suco de mamão, melão, maracujá e na minha casa não podem faltar as verduras, como a batatinha e chuchu. Minha esposa mesmo sempre prepara uma salada com tomate, repolho, tudo como forma de manter nossa saúde em dia", afirmou.

O dermatologista Dr. Neildon Oliveira explicou que a pele é o maior órgão do corpo humano com a função de fabricar o hormônio da vitamina D. Após essa produção, a vitamina ativa passa a agir realizando todas as funções dentro do corpo humano.

"A vitamina D é considerada como um hormônio que nós conseguimos fabricar, a partir da exposição ao sol, através da nossa pele. A pré-vitamina sai da nossa pele e passa por algumas vias ficando de forma armazenada e após esse processo, essa vitamina é encaminhada para o nosso rim realizando todas as funções dentro do corpo humano. Dentro dessa vitamina D, existem dois tipos, que chamamos de derivada dos vegetais e a vitamina de animal, a que mais produzimos, e a partir dessa vitamina mais ativa, ela age nos centros específicos do nosso corpo realizando todas as funções", destacou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

De acordo com o dermatologista, os horários para que se possa produzir a vitamina D exposto ao sol, é entre 10h e 15h, mas é preciso ter bastante cuidado por conta do risco de lesão pelos raios solares.

"O melhor horário para pegar o raio ultravioleta é entre 10h e 15h, mas aqui em nosso nordeste, é possível ser feito a partir das 9h em período de verão. Devemos considerar que este horário também é de maior lesão pelos raios ultravioletas e oferece um risco para desenvolver o foto envelhecimento e câncer de pele. Então chamamos a atenção das pessoas que não adianta querer pegar o sol do mundo inteiro porque a vitamina D possui um limite de produção e ao chegar nesse ponto, o sol vai prejudicar a pele, não oferecendo nenhum efetivo na produção de vitamina D", explicou.

Existem sintomas na falta de vitamina D no organismo?

Segundo o médico dermatologista, a falta desse nutriente no organismo pode afetar os ossos, principalmente na fase da terceira idade.

"Essa deficiência da falta da vitamina D pode prejudicar os esqueletos do corpo humano, levando o paciente a ter raquitismo e osteoporose. Percebemos que os idosos começam a ter ossos fracos, facilitando assim o processo de fraturas, além da perda de equilíbrio e fraqueza muscular", afirmou.

Como repor a vitamina D?

Na falta do nutriente no organismo, a recomendação é a exposição ao sol sem proteção solar, mas que seja de forma rápida, levando em consideração cerca de 10 a 15 minutos.

"Podemos produzir a vitamina D através da exposição moderada em horários que não sejam em um nível de insolação tão alta. Essa exposição precisa acontecer sem proteção solar, mas que seja entre 10 e 15 minutos, mantendo todo o cuidado porque existe um linha curta entre o saudável e o patológico. É muito difícil determinar em palavras como é que vamos fazer esse processo, mas é preciso que cada um tenha o bom senso para não se expor achando que vai fabricar o triplo de vitamina D, lembrando que existem limites para esta produção", confirmou.

Quais alimentos podem ser benéficos para a produção da vitamina D?

De acordo com o médico Neildon Oliveira, o consumo pode ser feito através de alimentos que são enriquecidos em vitamina D.

"Nós temos os peixes, que são bastante valiosos ricos em vitamina D, além do salmão e do bacalhau que estava em voga durante a Semana Santa, além da gema do ovo que também faz parte dessa categoria", concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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