Saúde
Março é o mês de combate ao câncer renal
Especialista do Grupo Oncologia D’Or fala sobre os fatores de risco da doença
09/03/2017 às 15h37, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
Março é considerado o mês de conscientização do câncer renal, neoplasia rara e silenciosa que, somente em 2012, atingiu mais de 6 mil brasileiros, segundo dados publicados pelo Globocan – projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS). O período serve para alertar sobre o diagnóstico precoce da doença – que pode aumentar em até 90% as chances de cura.
Loana Valença, oncologista clínica do Centro de Hematologia e Oncologia (Cehon), Grupo Oncologia D’Or em Salvador, explica que o câncer é conhecido por ser uma doença multifatorial, em que fatores genéticos e ambientais estão associados para o seu aparecimento. “A maioria das alterações genéticas é um evento aleatório que acontece nas células sem uma causa externa determinante. Porém, no caso da neoplasia renal, alguns elementos, como: fumo, hipertensão, obesidade, infecção crônica por hepatite C, insuficiência renal crônica em hemodiálise e exposição a componentes tóxicos (como asbesto, cádmio e derivados do petróleo), podem ser um gatilho para o surgimento da doença“, ressalta a especialista.
A oncologista aponta que o tumor renal raramente manifesta sinais e sintomas em fase inicial. “A maioria dos tumores descobertos precocemente costuma ser detectado com a realização de exames de ultrassonografia ou tomografia de abdome realizados por outra razão”, avalia a especialista.
Avanços no tratamento da doença
Loana Valença comemora os avanços no tratamento da doença no Brasil. “A imunoterapia é uma nova estratégia, que age estimulando o sistema imunológico do paciente com o objetivo de combater as células cancerígenas. A terapia já estava disponível no país no combate ao melanoma e ao câncer de pulmão avançado. Agora, também poderá ser utilizada na luta contra o câncer renal”, comenta a especialista.
A oncologista ainda ressalta que o câncer renal é uma doença pouco frequente na população e, que, por não existirem métodos eficientes de rastreamento, é preciso estar atento aos sinais do corpo, além de adotar hábitos saudáveis para prevenir a neoplasia. “Abandonar o cigarro, controlar o peso e a pressão arterial são formas de prevenção. Também é importante não negligenciar uma avaliação médica caso haja algum sangramento na urina, dor abdominal e/ou perda de peso”, finaliza.
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