Saúde
Pesquisadores vão tentar identificar linfócitos B para tratar a doença
16/04/2020 08h20, Por Maylla Nunes
PUBLICIDADE
Acorda Cidade
Agência Brasil – Pesquisadores do Instituto Butantan trabalham na identificação de anticorpos que poderão ser utilizados em composto para combater o novo coronavírus. Os chamados anticorpos monoclonais neutralizantes serão produzidos por células de defesa selecionadas pelos pesquisadores, que estão no sangue de pessoas que se curaram da doença.
“Temos que identificar os linfócitos B [células de defesa] que produzem anticorpos contra o coronavírus. E, entre esses, identificar aqueles que produzem anticorpos que são de fato capazes de neutralizar a ação do vírus e são capazes de bloquear a entrada do vírus na célula, que são os que a gente chama de anticorpos neutralizantes, aqueles que de fato neutralizam o vírus”, explicou a pesquisadora Ana Maria Moro, do Instituto Butantan, que coordena o estudo.
O trabalho segue o princípio da transferência passiva de imunidade, que é o mesmo da transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas de covid-19, que contém anticorpos contra a doença, para tratar pacientes infectados. A utilização do plasma é uma opção de tratamento imediata, que já está sendo testada em pacientes no Brasil e depende de constantes doações para manter os estoques.
Já a identificação dos anticorpos neutralizantes deve levar pelo menos um ano, mas vai possibilitar uma maior precisão do tratamento. Segundo Ana Maria, o anticorpo já foi selecionado e é apenas o do tipo neutralizante.
A pesquisadora explicou que o uso de anticorpos monoclonais não é uma abordagem para uso imediato, mas é uma abordagem promissora. “Os anticorpos monoclonais são produzidos de forma precisa, de forma homogênea, todas as pessoas vão receber aquele mesmo produto, que é 100% puro [para combater especificamente o coronavírus]”, disse.
Dessa forma, os anticorpos seriam produzidos em laboratório. “Nós buscamos, no sangue das pessoas [curadas de covid-19], os linfócitos que produzem os anticorpos específicos e, a partir disso, por engenharia genética, nós criamos as células no laboratório produzindo especificamente esses anticorpos. Então são produtos padronizados, isso a gente precisa fazer no laboratório, é demorado”, explicou a pesquisadora.
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), este estudo utiliza uma plataforma já existente criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais humanos para diferentes doenças. A plataforma está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Mais Notícias
Saúde
Acordar na madrugada para comer pode ser distúrbio de sono, diz médica
Para identificar o distúrbio de sono de forma correta, os médicos investigam se o paciente se lembra, ou não, de ter despertado para comer.
13/08/2022 às 16h45Saúde
Diagnóstico de varíola dos macacos será feito nos Lacens até final de agosto, diz ministro
Tratamentos, até o momento, visam amenizar sintomas, informou ministro
13/08/2022 às 09h17Bahia
Filarmônicas da Bahia querem mais apoio a projetos sociais
Candidato à reeleição no parlamento baiano, Rosemberg Pinto é um entusiasta dessas autênticas representações culturais.
13/08/2022 às 08h57Feira de Santana
Unimed negocia venda de hospital em Feira de Santana, segundo TC
Ainda não se sabe se o negócio está sendo feito com a Rede D'or ou com o Mater Dei.
12/08/2022 às 21h05Saúde
Bahia tem 27 casos confirmados de varíola dos macacos
Além dos confirmados, a Bahia tem notificados 133 casos suspeitos de Monkeypox.
12/08/2022 às 19h43Feira de Santana
Secretária diz que falta de insumos está sendo resolvida nos postos de Feira de Santana
Por falta do algodão, muitas pessoas deixaram de tomar a vacina contra a covid-19.
12/08/2022 às 17h21PUBLICIDADE
PUBLICIDADE