Incêndio destrói favela Diogo Pires em São Paulo

Incêndio destrói favela Diogo Pires em São Paulo Incêndio destrói favela Diogo Pires em São Paulo Incêndio destrói favela Diogo Pires em São Paulo Incêndio destrói favela Diogo Pires em São Paulo

Um grande incêndio destruiu no início da noite deste domingo a favela Diogo Pires, em Vila Nova Jaguaré, na zona Oeste de São Paulo. O incêndio começou por volta das 17h50m e durante quase duas horas consumiu os 800 metros quadrados da favela com aproximadamente 300 famílias. Vinte e duas viaturas e 70 soldados do Corpo de Bombeiros debelaram as chamas, para impedir que se alastrassem para um conjunto habitacional e uma indústria química nas imediações. Não houve mortos ou feridos, mas a Defesa Civil registrou o atendimento de três pessoas com intoxicação por causa da fumaça.
Os bombeiros ainda não sabem as causas do incêndio, mas o capitão Miguel Jordas, do comando central do Corpo de Bombeiros, diz que o mais provável é a ocorrência de um curto circuito em ligações elétricas clandestinas, muito comuns em favela como essa. O fogo começou em seis barracos e se alastrou rapidamente.

– Pode ter sido um curto circuito nas instalações elétricas ou um ferro de passar roupa. Como os barracos eram todos de madeira, a combustão ficou mais fácil e o fogo se propagou com muita rapidez – disse o capitão.

A maior preocupação dos bombeiros e dos moradores da região era que o fogo atingisse as instalações da indústria quimica Sanbra e da Bung, indústrias que utilizam produtos inflamáveis como matéria-prima.

Segundo o coronel Valter, que comandou os bombeiros no combate ao fogo, havia o risco de grandes explosões caso o fogo atingisse as indústrias químicas.

– O trabalho foi no sentido de jogar água nos tambores de produtos quimicos para evitar explosões – disse o coronel.

A dona de casa Ana Paula Martiniano, que mora a dois quarteirões da favela, disse que a primeira reação dos moradores foi correr para as ruas para se proteger do fogo que consumia suas casas. As pessoas estavam muito nervosas e chorando pelos bens que foram perdidos no incêndio.

– Elas correrram para as ruas adjacentes lamentando a perda dos seus bens – disse Ana Paula, lembrando que ninguém sabia direito se havia vítimas devido a grande confusão na hora de fugir do fogo.

Muitas delas carregavam alguns pertences como colchões e eletrodomésticos e animais de estimação. Ana Paula disse também que os bombeiros tiveram muita di-ficuldade para combater o fogo, uma vez que os acessos à favela era feito por vielas muito estreitas.

Esse não foi o primeiro incêndio nessa favela, que também já teve barracos destruídos por chamas em 2000, 2002 e 2006. No último grande incêndio em 2006, mais de 100 famílias deixaram a favela e foram morar em condomínios populares construídos nas imediações.