Covid-19

Grau de proteção das vacinas contra a variante Delta ainda está em análise, diz infectologista

De acordo com a infectologista Melissa Falcão, que preside o comitê de combate à covid-19 em Feira de Santana, esse menor grau de eficácia para Delta é o que justifica a aplicação da terceira da dose, principalmente em idosos.

28/08/2021 às 16h44, Por Laiane Cruz

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Laiane Cruz

Segundo estudos já publicados, as vacinas disponíveis contra o coronavírus possuem uma eficácia menor em relação à variante Delta, que já circula há cerca de um mês em Feira de Santana. Apesar disso, aqueles que ainda não se vacinaram com a primeira dose ou não completaram o ciclo de imunização devem sim buscar a vacinação, pois todas as vacinas oferecem algum grau de proteção contra a variante e reduzem significativamente as chances de internamentos e mortes em relação às outras cepas.

A variante Delta já circula há cerca de um mês em Feira de Santana. O vírus foi identificado em uma amostra de exame coletado de um homem de 51 anos, que não havia tomado nenhuma dose de vacina e apresentou sintomas leves da doença, como tosse, desconforto torácico, perda de olfato e de paladar. 

A Secretaria de Saúde já está monitorando pessoas próximas à moradia e ao trabalho desse paciente, para saber tiveram a covid no período próximo, a fim de tentar genotipar e identificar a proporção desta cepa na comunidade.

De acordo com a infectologista Melissa Falcão, que preside o comitê de combate à covid-19 em Feira de Santana, o menor grau de eficácia das vacinas para a Delta é o que justifica também a aplicação da terceira da dose em pessoas já imunizadas com as duas doses, principalmente em idosos.

“As vacinas têm a eficácia contra o vírus Delta, porém é menor. Uma das razões que justifica essa terceira dose. Uma vacina como a Pfizer, que chega a ter uma eficácia de 90%, quando faz a análise com o vírus Delta, cai para cerca de 70%, segundo alguns estudos que foram analisados. Já a Coronavac, que já tem uma resposta um pouco menor, de cerca de 54%, ela é menor nos idosos e para o vírus Delta. Um dos motivos pra ela não ser utilizada na terceira dose, pois ficou demonstrado que as pessoas que tomaram a terceira dose com uma vacina diferente tiveram uma resposta melhor. Mas, todas as vacinas têm algum grau de proteção em relação ao vírus Delta”, explicou.

Melissa Falcão destacou que a chance de adoecimento com a Delta mesmo depois das duas doses ainda está sendo analisado, porém para todas as vacinas a variante tem mostrado um risco maior do que com relação às outras variantes.

“Todas as pessoas que tomaram as duas doses da vacina depois de duas semanas têm uma proteção maior do que se não tivessem sido vacinadas. Isso vai depender da porcentagem de cada vacina analisada”, acrescentou.

Mutirão

Durante a coletiva de imprensa, na sexta-feira (27), o prefeito Colbert Martins afirmou que existe a possibilidade de o município realizar mutirões para acelerar a vacinação. No entanto, isso depende da chegada de doses em quantidades suficientes.

“Nós estamos pedindo novas doses. O problema de vacinar aos domingos é que não temos doses suficientes para manter a vacinação além do que já fazemos. Vou entrar em contato com a secretária de saúde do estado, para fazer um bloqueio específico nessa área, e aí vacinamos sábado, domingo, e queremos a antecipação da segunda dose para fazermos um bloqueio”, afirmou.

 

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