Saúde

Gestante sofre por falta de vaga no Hospital da Mulher

A diretora da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, que administra o Hospital da Mulher, Gilberte Lucas, afirmou que assim que chegou ao hospital pediu que funcionários tomassem conhecimento da situação.

Gestante sofre por falta de vaga no Hospital da Mulher Gestante sofre por falta de vaga no Hospital da Mulher Gestante sofre por falta de vaga no Hospital da Mulher Gestante sofre por falta de vaga no Hospital da Mulher

Laiane Cruz

A superlotação das maternidades de Feira de Santana parece não ter um ponto final.  Na manhã desta quinta-feira (9) mais uma gestante em trabalho de parto, Larissa Helena Gonçalves de Souza, reclamou do mau atendimento no Hospital da Mulher
 
Desde o início da manhã, Larissa aguardava na emergência, mas foi informada que não havia vagas.  Outras pessoas estavam passando pela mesma situação e também foram obrigadas a esperar.
 
Esta foi a quinta vez que a gestante tentou dar entrada no hospital. "Já passou cinco dias da menina parir e eles dizem que não tem vaga e nem estão fazendo ficha", afirmou uma parente.
 
A diretora da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, que administra o Hospital da Mulher, Gilberte Lucas, afirmou que assim que chegou ao hospital pediu que funcionários tomassem conhecimento da situação.
 
“Só que desde ontem a gente está com o hospital super lotado, com 100% de atendimento, temos três obstetras atendendo, mais infelizmente quando chega nossa capacidade não temos condição de atender”, explicou a diretora.
 
Além disso, de acordo com Gilberte Lucas, o centro obstétrico está interditado por causa de duas crianças que estão entubadas, aguardando a regulação para outro hospital, e o berçário também não tem mais vagas.
 
Denúncias
 
O Hospital da Mulher é alvo constante de denúncias por parte da população. No dia 30 de abril, o pai de um bebê que morreu dois dias após o parto, Silvio Miranda do Evangelho, acusou o hospital de negligência médica e ameaçou processá-lo.
 
A esposa dele, Maria de Fátima dos Santos, deu à luz um menino no hospital, porém ele morreu na tarde do dia 2 de maio, pois segundo os pais do recém nascido, a mulher só foi internada nove horas após dar entrada no local, mesmo apresentando sangramento e estar em trabalho de parto.
 
A diretora da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, também se defendeu na ocasião afirmando que todos os procedimentos tinham sido feitos quanto à paciente e que o caso foi uma fatalidade.
 
“Essas questões estão sendo discutidas junto à Secretaria de Saúde do município e ao Estado, então já vem tendo reuniões pra gente tentar resolver essa situação. A gente tá fazendo o possível, então infelizmente vão surgir essas queixas de não ter vaga, não é por falta de médico, não é por falta de material. É por falta de leitos”, justificou Gilbert Lucas.
 
Dom Pedro
 
O Hospital Dom Pedro de Alcântara também vem enfrentando sérias dificuldades para manter os atendimentos na maternidade. No dia 12 de abril, uma audiência pública chegou a discutir o fechamento da obstetrícia da unidade, que possui 16 leitos para mães e nove vagas no berçário. 
 
"Hoje temos a maternidade funcionando de segunda à sexta, mas não temos plantonistas à noite e nem nos fins de semana e feriados. Isso fez com que a gente começasse a pensar na hipótese do fechamento”, afirmou a diretora Sandra Peggy durante a audiência.
 
Na ocasião, o diretor do Hospital Mater Dei, Gilberto Campos, se mostrou preocupado com a possibilidade.  “Isso vai acarretar uma sobrecarga que já é insuportável. A Mater Dei, por exemplo, faz uma média de mais de 500 internamentos por mês na área de obstetrícia”, informou.