Feira de Santana
Gado para engorda movimenta Campo do Gado e currais ficaram lotados na segunda-feira
Cerca de 30 boiadeiros trouxeram e levaram gado de e para várias cidades baianas e de outros estados da região.
09/03/2020 às 15h46, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
A quantidade de caminhões estacionados está relacionada ao número de animais nos currais do Campo do Gado, à venda. Nesta segunda-feira (9), cerca de 30 boiadeiros trouxeram e levaram gado de e para várias cidades baianas e de outros estados da região.
Todos os currais do maior entreposto comercial baiano da venda de boi em pé estavam parcialmente ou totalmente ocupados, especialmente de novilhos entre sete e oito arrobas, que neste estágio são procurados, para a engorda, devido as chuvas.
A oferta deve-se, segundo vendedores e compradores, as chuvas que vem caindo na região neste ano, que renovam o pasto que favorece a engorda dos novilhos. A arroba destes animais chegou a R$ 250 – a arroba do boi gordo foi vendida a R$ 200. E a tendência é de alta.
“Pasto e água nas fazendas projetam preços altos”, diz o comerciante destes animais, Carlos Souza, que nesta segunda-feira colocou 70 animais à venda. “As projeções por aqui é que neste ano as feiras no Campo do Gado serão excelentes”.
Como a compra é no olho, o negociante, diz Antônio Roque da Silva Costa, de Coração de Maria, deve ter experiência. “Já estamos experientes e quase nunca erro no peso”. Outra iniciativa é pechinchar muito. “O segredo é nunca pagar o preço cobrado inicialmente”.
Disse que leva os animais que compra no Campo do Gado para fazendeiros do município vizinho. Comentou que ultimamente as feiras estão com participação em alta.
Gerente de fazenda, Lícia Maria disse que há duas semanas vai às compras no Campo do Gado. Desta vez levou 26 animais, com estimadas 13,5 arrobas e que espera levar aos frigoríficos dentro de um ano. “Se o tempo continuar bom, o ganho de peso chega a meia arroba, por mês”.
Afirmou que se o pasto estivesse em condições ideais, o tempo de engorda cairia à metade. O problema nas pastagens foi causado pela última grande seca que atingiu o Nordeste, há cerca de quatro anos.
Comentou que em períodos de seca mais acentuados, fazendeiros abrem seus pastos para bois de outras propriedades, desde que fiquem com 60% do resultado do ganho de peso do animal.
“O dono do boi fica com 40% da carne, depois de descontado o peso da entrada do animal na fazenda”, explica. “Não bom para o criador, mas na seca não há muito do que fazer”. Sob pena de perda ainda maior.
As informações são da Secretaria Municipal de Comunicação.
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