Saúde

Fumantes são mais propensos a desenvolver doenças oculares

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, oftalmologista da clínica ProVer fala das doenças oculares relacionadas ao tabagismo.

29/08/2019 às 09h36, Por Kaio Vinícius

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Conhecido como fator de risco para uma gama de doenças, o tabagismo também pode aumentar o risco de catarata e doença macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de cegueira irreversível e perda de visão em todo o mundo.

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, o oftalmologista da clínica ProVer, Bruno Meireles, alerta sobre os cuidados que fumantes devem ter em relação à saúde dos olhos e fala dos sinais surgem ao longo do tempo.

“Não existe um sinal específico. Os olhos dos fumantes podem ficar cronicamente vermelhos, por exemplo, e a recuperação pós-cirúrgica de um paciente fumante de longa data fica mais arrastada, pela maior dificuldade de recuperação tecidual”, afirma.

O médico alerta também para o acompanhamento do fumante com um oftalmologista em caso de doenças associadas. “Um fumante, por si só, se não tiver alguma doença a associada, não tem que ter acompanhamento com oftalmologista mais restrito”, pondera.

Mais de 140 doenças descritas na Medicina estão diretamente associadas ao tabagismo. Somente quanto à saúde dos olhos, além da catarata e DMRI, outra doença que pode acometer os fumantes é a neuropatia tóxica, que pode causar cegueira permanente.

“Conjuntivites alérgicas também são mais comuns nos fumantes, além do aumento de doenças da córnea, se coçar muito o olho e, uma doença mais rara, é a neuropatia tóxica, pois o fumo causa lesão neuronal direta da bainha de mielina dos nervos [conjunto de dobras múltiplas]”, acrescenta Meireles.

Prevenção

Além da redução do uso do fumo, a forma de prevenção mais eficaz é a realização de exames periódicos com o oftalmologista. De acordo com o médico, exames complementares são adjuvantes no diagnóstico mais preciso das doenças e esse atendimento precisa ser individualizado de acordo com a patologia a ser pesquisada.

“Na ProVer, todos os pacientes são individualizados para realização dos exames necessários e tratamento a ser instituído. E dispomos de todos os exames complementares para isso também, com equipamentos de ponta de alta tecnologia”, completa.

Exposição involuntária

A fumaça que sai da parte acesa do produto contém os mesmos compostos tóxicos e cancerígenos que a fumaça tragada pelo fumante, porém em níveis bem mais elevados: 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas.

Desse modo, o fumante causa prejuízos também a quem fica exposto à fumaça ambiental do tabaco, conhecido como fumante passivo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Poluição Tabagística Ambiental é a maior fonte de poluição em ambientes fechados e o tabagismo passivo, a terceira maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.

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