Rio Jacuípe

"Um lugar esquecido pelo poder público", diz morador da comunidade Ponte que sofre com o excesso de lixo

Esse acúmulo de resíduos, que inclui até animais mortos, gera preocupação entre os moradores locais, que relatam um sentimento de abandono por parte do poder público.

27/05/2024 às 06h33, Por Iasmim Santos

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Lixo no Rio Jacuípe
Lixo no Rio Jacuípe | Foto: Iasmim Santos Acorda Cidade

A reportagem do Acorda Cidade visitou a confluência do Riacho da Espuma com o Rio Jacuípe, localizada na Comunidade Ponte, próxima à BR-116 Sul, em Feira de Santana. A região está tomada por uma grande quantidade de lixo, incluindo garrafas PET, produtos químicos e outros resíduos descartados pela população dos bairros Muchila, Jardim Acácia, Vila Verde e conjunto Feira X. Esse acúmulo de resíduos, que inclui até animais mortos, gera preocupação entre os moradores locais, que relatam um sentimento de abandono por parte do poder público.

Lixo no Rio Jacuípe
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

José Alves, de 65 anos, morador da localidade do Rio Jacuípe, destaca que o lixo vem de hospitais e de diversos bairros.

Lixo no Rio Jacuípe
Nas imagens pode-se ver o lixo boiando, no entanto há uma grande quantidade submersa | Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

“Tem mais de 50 anos essa situação. O poder público diz que vai limpar, mas não faz nada. É um lixo que vem de longe e traz doenças. O prefeito nem aqui pisa. Eu gostaria que as autoridades passassem uma rede e tirassem esse lixo. Muitos meninos aqui estão doentes. Parece que é um lugar esquecido”, desabafou.

Lixo no Rio Jacuípe morador
Foto: Iasmim Santos/ Acorda Cidade

Furtuoso Luiz dos Santos, de 84 anos, veterano na localidade, relata que a situação piora quando a água do rio sobe, espalhando o lixo.

Lixo no Rio Jacuípe
Lixo no Rio Jacuípe | Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

“Se tivesse uma limpeza ia ser diferente. Quando chove, vem mais entulhos e fica desse jeito que vocês estão vendo”, comentou.

Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

Segundo o ambientalista João Dias, o problema começa no bairro Muchila, onde um riacho que passa pela Avenida Senhor dos Passos se junta ao Riacho da Espuma no bairro Feira X. Este riacho, por sua vez, tem origem na Serraria Brasil.

“Todo esse lixo, além do esgoto in natura como fezes e urina, vai parar no Rio Jacuípe”, afirmou.

Para resolver essa situação, o ambientalista sugere um plano estratégico que inclui várias ações:

Lixo no Rio Jacuípe
Lixo no Rio Jacuípe | Foto: Iasmim Santos Acorda Cidade
  1. Reassentamento das Famílias: retirar as famílias que estão ocupando áreas de risco e realizar um reflorestamento dessas zonas para evitar futuras ocupações.
  2. Tratamento de Esgoto: implementar sistemas de tratamento de esgoto para evitar o despejo de resíduos in natura nos riachos.
  3. Educação Ambiental: promover campanhas contínuas de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância de não jogar lixo nos riachos.
  4. Redes de Contenção: instalar ao menos três redes de nylon ou aço ao longo do percurso do riacho para conter o lixo e permitir uma limpeza periódica.

O Acorda Cidade entrou em contato com a prefeitura e aguarda o retorno.

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  2. Feira de Santana tem a UEFS que poderia prestar suporte em diferentes aspectos relacionados a conservação do Rio Jacuipe. No entanto a Prefeitura insiste em ignorar a possibilidade de parcerias com a comunidade científica. Esperamos que a tragédia climática que massacrou o Rio Grande do Sul sirva de alerta para que não sejam eleitos prefeitos e vereadores adeptos do negacionismo e que não respeitam a Ciência e a Educação.

  3. Em pensar que muitos querem dar continuidade a essa gestão através do Coroné,se os bairros próximo ao centro da cidade estão abandonados,imagine os mais distantes!?

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    2. Aguarde o seu candidato da “mudança” Zé lero lero (o copa do mundo) com o seu “revolucionário e mirabolante” projeto de mobilidade urbana, o trivia, e assim, FSA será transformada do inferno para o céu,

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