Seagri distribui ração animal em distrito de Feira de Santana ainda em decorrência dos prejuízos da seca 

A região de Feira de Santana, principalmente e zona rural, enfrentou no ano passado o desafio de conviver com a seca. Em outubro de 2023, a prefeitura da cidade chegou a reconhecer por meio de decreto a situação de emergência, por conta da escassez, e posteriormente revogou o decreto. Mesmo assim, a gestão municipal manteve a distribuição da ração animal para auxiliar os produtores rurais afetados em diversas localidades. Hoje a ação foi no distrito da Matinha. 

Ao Acorda Cidade, Roberto Aquino, diretor de desenvolvimento da Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural (Seagri), falou sobre a importância de colaborar com o trabalho dos produtores, que mesmo após as últimas chuvas, ainda não tem condições de manter a produção por conta dos prejuízos da seca. 

“Estamos contemplando o pequeno produtor rural, aquele que tem duas, três cabeças de gado, animais de grande porte, e não consegue alimentar os seus animais devido às secas que nos rodeavam. A gente sabe que a chuva veio agora, mas muitos deles ainda não têm condições de manter os seus animais. Começamos por Bonfim de Feira, já tivemos em Ipuaçu, Tiquaruçu, Maria Quitéria, Jaguara, estamos aqui agora na Matinha. E amanhã faremos Humildes e Jaíba”, explicou. 

Segundo Roberto Aquino, cada produtor tem recebido um saco de 30 kg do farelo de trigo e 25 kg de farelo de milho. Ele também destacou a receptividade dos moradores que ansiavam pelo apoio. 

“Você sente o povo clamando, porque muitas vezes esses animais são o sustento familiar. Vemos pessoas que até choraram quando receberam o farelo para os animais. Alguns até perderam animais, como há relatos para a gente e outros que vão poder recuperar seus animais”, ressaltou. 

No geral, a iniciativa da Seagri deve atingir oito distritos e povoados de Feira de Santana. Segundo o diretor, a partir da próxima semana, a pasta deve fazer um balanço sobre a ação. 

Além da distribuição de ração, cerca de 500 famílias estão sendo beneficiadas com o serviço de aragem de terras, a preparação do solo necessária para que os produtores possam ter um solo mais favorável à plantação, como explicou Roberto Aquino. 

A iniciativa vai fazer a diferença na vida de Lázaro Santos Fonseca. Ele destacou a importância da ração devido à escassez de capim causada pela seca. 

Lázaro menciona que já recebeu dois sacos de ração e planeja misturá-la com mandioca para alimentar suas vacas, porcos, ovelhas e égua. Ele destaca a importância do suporte fornecido pela ração para sua criação de animais, especialmente durante a escassez de alimentos naturais.

“É importante. Eu estava comprando sem poder comprar, e estava passando dificuldades grandes. Depois da chuva já arranca um capim aqui e acolá. Por enquanto recebi dois sacos que dão para alimentar umas quatro vacas por, mais ou menos, três dias”.

Criador de equinos, caprinos e bovinos, ele sabe bem o que fazer para fazer esses dois sacos renderem. Ele deve misturar com outras rações para multiplicar a ração. 

“Misturar com maniva, arranca um pé de mandioca e tal, e vou atravessando. Aí rende mais. Tem que arrancar a mandioca, fica caspa, eu vou passando também, misturo, e vou batalhando. Misturando, dá mais ou menos 15 dias”, revelou. 

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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