Projeto com apoio do MPT forma alunos em vulnerabilidade social em Feira de Santana

Cerca de 50 jovens com histórias de vida sofridas, muitos deles vítimas de situação de violência familiar, participaram na tarde desta quarta-feira (14), no Centro de Cultura Amélio Amorim, de uma cerimônia de formatura da turma de capacitação para o trabalho do projeto Jovem Social.

Esta é uma iniciativa da sociedade civil que tem o apoio institucional do Ministério Público do Trabalho (MTP) e conta com a parceria de diversas ONGs e órgãos públicos.

O projeto de capacitação profissional, voltado para adolescentes entre 14 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social, está em seu segundo ano no município de Feira de Santana, depois de ter sua primeira experiência em Ilhéus, onde continua existindo.

Ao Acorda Cidade, a estudante Tainara Santos, 19 anos, contou da experiência que teve no curso.

“Posso dizer que foi muito importante pra mim, porque este conhecimento que tive agora vai me beneficiar lá na frente e vai me ajudar muito. Foram cinco meses de curso, e cada mês, foi um curso diferente”, pontuou.

Segundo a Irmã Salete Prata, que faz parte da diretoria da Instituição Luz e Labor, o objetivo do projeto é fazer com que os estudantes possam descobrir os próprios talentos.

“O objetivo do projeto Jovem Social é fazer com que estes meninos possam descobrir os seus talentos, porque isso é muito importante na vida de um adolescente, além também de aumentar a autoestima e se profissionalizarem no mercado de trabalho. Neste ano, tivemos uma única turma, e a próxima será iniciada em março de 2023”, afirmou.

Presente ao evento, o secretário de Desenvolvimento Social, Antônio Carlos Borges Jr., destacou a participação do órgão na parceria com o projeto Jovem Social.

“Aqui é uma grande rede de proteção social e que dá também condições e oportunidades para estes jovens que estão sendo colocados em um programa ‘Jovem Social’, que é uma ação do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Estadual juntamente com o Centro Comunitário Luz e Labor, que pratica e organiza as ações junto com estes jovens levando os cursos. A secretaria de Desenvolvimento Social atua com a sua divisão de proteção especial onde a gente atende estes jovens garantindo seus direitos e também dando condição de viabilizar algumas ações em paralelo para que eles possam se profissionalizar e participar ativamente destas oficinas”, afirmou.

Os alunos são selecionados a partir dos cadastros do sistema único de assistência social e encaminhados ao projeto. Alguns estão em cumprimento de medidas socioeducativas, outros são vítimas de violência e ou vivem em risco social extremo.

A ONG Luz e Labor fica responsável por fazer a gestão do projeto, e recebe recursos destinados pelo MPT para que sejam contratados professores e para que os estudantes possam receber uma bolsa auxílio durante todo o período de capacitação.

Além disso, a prefeitura oferece lanche e transporte para todos os dias de atividade, e outros parceiros, como a Polícia Militar, fazem trabalhos específicos para fortalecer o espírito cidadão na turma.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram