Trabalho escravo
Operação resgata gesseiros em situação de trabalho escravo em Feira de Santana
A equipe encontrou os trabalhadores morando em um depósito de materiais de construção sem as mínimas condições de higiene, conforto e segurança.
23/08/2022 às 14h27, Por Acorda Cidade
Alojamento precário, falta de pagamento, alimentação insuficiente e péssimas condições de higiene e conforto. Esse foi o quadro encontrado por agentes públicos que investigavam denúncia de trabalho escravo em um alojamento para dois gesseiros em Feira de Santana.
O local onde eles estavam vivendo, nos fundos de uma oficina de tratores, no bairro de Lagoa Salgada, era um galpão sem energia elétrica e nem instalações sanitárias, onde o empregador armazenava materiais de construção e entulhos. O resgate foi feito na última quinta-feira (18/08), mas o caso permaneceu em sigilo até esta segunda-feira (22/08), quando um representante do empregador foi ouvido e iniciou as negociações para pagar a rescisão.
O resgate foi efetuado por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência que fizeram a inspeção acompanhados de duas procuradoras do trabalho e um perito do Ministério Público do Trabalho (MPT). Os trabalhadores já estão sendo atendidos pela assistência social do município e deverão receber nos próximos dias a primeira das três parcelas do seguro-desemprego especial para vítimas do trabalho escravo. Caso o empregador não cumpra com suas obrigações trabalhistas perante a Gerência Regional do Trabalho, o MPT estuda a adoção de medidas judiciais para garantir o pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias, além de valores de indenização.
Em depoimentos prestados à equipe que fez o resgate, os dois homens contaram que foram contratados para fazer serviços de gesseiro em obras diversas e que, apesar de terem tido as carteiras de trabalho solicitadas para formalização dos contratos, não recebiam salário com regularidade. “Quando tinha serviço, ele dava R$50 por dia, quando não tinha a gente não recebia nada”, afirmou um deles. Enquanto aguardavam novas obras, os dois permaneciam alojados num galpão onde o empregador armazenava placas de gesso acartonado, tábuas, arames e vergalhões, dentre outros materiais de construção e entulho.
Os relatos revelaram que os dois não tinham acesso a sanitários no local e que tinham que fazer suas necessidades e enterrar. Para tomar banho, usavam água armazenada em um tonel, utilizado anteriormente para guardar gesso. De lá também tiravam a água para beber e preparar alimentos. A alimentação não era fornecida pelo empregador. O que eles comiam era armazenado em caixas de papelão e preparado em fogueiras que eles improvisavam com a madeira do depósito. Para carregar os celulares, eles improvisaram uma ligação clandestina da oficina ao lado do depósito, com graves riscos de choque elétrico e incêndio.
Com informações do Ministério Público do Trabalho na Bahia.
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Com todo respeito era para termos o nome da empresa a final isso é algo importante a ser dito
Infelizmente é o Brasil. Esconde o criminoso e mostra o sofredor, que país é esse?
Bandidos e criminosos tem tratamento mais humano que esses trabalhadores.
Esses são os que se dizem geradores de empregos e empreendedores. Se investigar várias empresas nessa cidade descobre coisas.
Porque não citou na matéria o nome da “empresa” que escravizava esses homens? Porque manter em sigilo os criminosos ? Tem que expor, mostrar para que ninguém solicite os serviços desse lixo
Pois é, não queremos ser coniventes, mais infelizmente no Brasil manda quem tem mais dinheiro. Pode ter certeza que esses empregadores são os dito “classe média alta” de Feira de Santana. Aqui é assim, expõem bons carros, moram em boas casas, escravizando ou sonegando.
Tem que falar o nome da empresa para ninguém mais contratar seus serviços!!
É assim q os “homens de bem” tratam seus empregados, os explorando… Só faltou o chicote e o tronco.
Divulga.o nome da empresa, assim as pessoas não contrata mais o SERVIÇO ESCRAVO. cadeia para o “” empresário “”.