Mercadorias transportadas em carrocerias de táxis serão cobradas? Presidente do sindicato explica

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, assinou na tarde de ontem (13), dois decretos beneficiando a categoria dos taxistas na cidade.

A primeira determinação, foi o credenciamento de táxis com carroceria, ou seja, picapes que possibilitam o transporte tanto do passageiros, quanto de algo que seja necessário carregar no fundo do veículo.

Além deste primeiro decreto, o prefeito também autorizou o aplicativo Mobizap, serviço digital que poderá ser utilizado tanto pelos taxistas, quanto mototaxistas e motoristas comuns.

Mas afinal, o passageiro pagará um valor extra, caso tenha algum volume para ser transportado na carroceria?

A reportagem do Acorda Cidade conversou com o presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Feira de Santana (Sincaver), Liomar Ferreira, que explicou como este acordo deve ser tratado.

“Isso tudo vai fazer parte de um acordo que será feito antes da corrida, ou seja, o cliente solicitou a corrida, mas ele está com um fogão que acabou de comprar. Eu não tenho nenhuma dúvida que este cliente não terá problemas para pagar, até porque caso não tivesse essa possibilidade, ele teria que contratar um outro veículo para transportar, então será mais uma negociação direta, entre o passageiro e o motorista”, explicou.

De acordo com Liomar Ferreira, esta possibilidade irá beneficiar principalmente aqueles motoristas que possuem veículos com o porta-malas pequeno.

“O foco principal não é nem pelo material que será carregado, mas na possibilidade de colocar mercadorias na carroceria, pois por exemplo, um cadeirante que utiliza o serviço de táxi, se ele solicitar um táxi que é pequeno, a cadeira de rodas não é colocada no fundo pois não tem espaço e nem é possível colocar dentro. Da mesma forma que muitos motoristas hoje, utilizam o cilindro de gás natural, o que já ocupa bastante espaço no fundo do carro”, completou.

Ao Acorda Cidade, Liomar Ferreira enfatizou que este decreto só estabelece veículos no modelo utilitários leves, e não caminhonetes.

“Esta ideia da utilização dos veículos utilitários começa com a garantia também da isenção do IPI e do ICMS para compra do veículo destinado a este tipo de transporte, e passa a ser importante porque antes, as prefeituras não tinham este modelo de veículo encaixado no transporte individual de passageiro como o táxi, ou seja, começou agora e em outras cidades também já estão naturalmente analisando esta nova modalidade. É importante explicar que o veículo precisa se encaixar dentro do que a lei estabelece, por exemplo, o que estabelece esta isenção? É o tipo de motor do carro, ou seja, os veículos para ter o benefício da isenção do IPI e do ICMS, tem que ter no máximo até 127 HP, o carro que tem um motor que passa deste limite, ele não vai usufruir desse benefício da isenção”, concluiu.

Ouça a entrevista na íntegra:

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