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Internada no HEC com infecção na face e objeto de metal no olho, adolescente precisa de regulação

Assim que chegou à unidade, a adolescente foi diagnosticada com uma celulite orbitária no olho esquerdo e segue tomando fortes medicações.

18/04/2024 às 10h06, Por Jaqueline Ferreira

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Hospital Estadual da Criança - HEC - Foto - Ney Silva - Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Na manhã desta quinta-feira (18), Xênia Pimenta de Sousa, mãe de Maria Eduarda de Sousa, de apenas 13 anos, buscou a reportagem do Acorda Cidade para relatar os problemas que a filha vem enfrentando no Hospital Estadual da criança (HEC), em Feira de Santana, desde o dia 21 de março, quando deu entrada na unidade devido a uma infecção na face que, precisa ser tratada com urgência através de intervenção cirúrgica. Elas aguardam a regulação para o Hospital das Clínicas, em Salvador. 

Assim que chegou à unidade, a adolescente foi diagnosticada com uma celulite orbitária no olho esquerdo. Até o momento, Maria Eduarda vem tomando medicações fortes que não trazem a evolução do caso, conforme o relato da mãe.

Mãe de uma adolescente internada no HEC precisando de regulação ft - Ed Santos - Acorda Cidade
Xênia Souza | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Quando ela chegou aqui, o olho realmente não abria, foi feita uma tomografia, nessa tomografia constataram que uma rinossinusite, estava com o lado esquerdo do rosto bastante infeccionado, e foi descoberto um objeto de metal de 5 milímetros no canal lacrimal, de forma oval. Até a médica olhou para mim e disse: ‘mãe, em 40 anos de profissão, eu nunca vi um negócio desse’. De lá para cá, minha filha vem tomando cada vez mais, antibióticos potentíssimos, é oxacilina, é menoprin a cada 6 horas”, explicou a mãe. 

Segundo Xênia, há 10 anos a filha passou por uma sondagem no canal lacrimal, mas descobriu agora que um objeto foi deixado na cavidade. Além da regulação para cirurgia, ela pede um tratamento de um infectologista o mais breve possível, pois a filha já está tendo outros problemas de saúde devido às medicações. 

“Minha filha aqui entrou com esse problema na face, e agora já está com anemia, já está tendo febre, quatro dias que minha filha não come, já está pálida, os lábios brancos. Ontem eu soube que já está dando insuficiência renal. Até o momento, nunca passou por um infectologista para saber o tipo de bactéria que minha filha tem. Após uma semana de internamento, veio uma oftalmologista de Salvador e a médica falou realmente, o caso dela é cirúrgico como eu já tinha passado desde o início, precisa ser regulada para o Hospital das Clínicas, para a doutora Mari Luzzi, e assim também veio o otorrino e ele também confirmou”, pontuou. 

Ainda segundo a mãe, no último dia 9 de abril, a paciente foi encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas chegando à unidade, foi informado que lá não realizaria a cirurgia. Xênia e a filha retornaram para o HEC, onde permanecem aguardando a regulação para o Hospital das Clínicas. 

“Eu quero uma solução para minha filha, eu preciso de infectologista para saber o tipo de bactéria ela tem e um antibiótico assertivo para combater essa infecção, cada vez mais está aumentando essa infecção, está aumentando o PCR, está dando anemia, já está comprometendo o rim da minha filha”.

Moradora de Feira de Santana e com mais dois filhos, Xênia está se desdobrando para ficar ao lado de Maria Eduarda. Todos os dias nos horários permitidos, ela se faz presente para acompanhar o estado de saúde da adolescente. 

“Realmente eu não sei o que se pode fazer, ontem eu estava desesperada, hoje eu continuo mais desesperada ainda, porque cada dia mais essa bactéria pode generalizar, o rim da minha filha pode parar. Ontem mesmo mudaram os antibióticos, só para combater a bactéria, será que é esse realmente que vai matar a bactéria? Não foi feita a cultura, não foi feito nada”, desabafou a mãe.  

Ao Acorda Cidade, Xênia pediu uma solução por parte dos responsáveis pela regulação da menina. A intervenção cirúrgica solicitada logo no início é a principal reivindicação que até o momento não foi atendida e Maria Eduarda continua a tratar uma infecção não diagnosticada. 

“Segundo a pediatra, não pode espremer, não pode nada, já desinflamou, do dia que chegou aqui, já murchou. Ela não abriu o olho, porém a infecção continua e o rosto todo infeccionado, já foram feitas duas tomografias e realmente continua muito infeccionado, precisa ser regulada, como foi desde o início solicitado pelo otorrino que esteve aqui, pela oftalmologista do próprio hospital”, acrescentou.

Em contato como Acorda Cidade, o Hospital Estadual da Criança (HEC), enviou a seguinte nota sobre o caso:

O Hospital Estadual da Criança (HEC) ressalta que, cumprindo determinação legal, não informa detalhes sobre estado de saúde de pacientes e ressalta que o Serviço Social da unidade está disponível para quaisquer dúvidas familiares. O HEC reitera a excelência no atendimento e cuidado assistencial a todos os pacientes e que cumpre todas as metas estabelecidas em contrato.

Referência em gestação de alto risco e em média e alta complexidade em pediatria, o HEC preza por atendimento de qualidade. Para prestar assistência humanizada, garantindo boas práticas e a segurança na atenção às crianças e gestantes da Bahia, o hospital conta com mais de 20 especialidades pediátricas e uma equipe multidisciplinar capacitada.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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  1. Caso sério …pedimos as autoridades q deem uma solução pra ontem , a saúde no nosso país está cada vez mais desprezada. Triste realidade

  2. Olha pra saúde da cidade autoridades, se coloquem no lugar de uma mãe vendo sua filha nesse estado e não poder fazer muito. Quanta falta de compromisso e irresponsabilidade cm nosso povo. Abre não dos micaretas e volta atenção pra saúde pq está precária, angustiante.

  3. Essa mãe e assim como a família, só quer e busca uma SOLUÇÃO pra essa filha. Um verdadeiro descaso, falta de irresponsabilidade com o cliente. Para de investir em micareta políticos e olha pra saúde da cidade. Principalmente das crianças.

  4. O povo morrendo nos hospitais, um completo descaso e o governador pulando a micareta para eleger seu candidato. Tem que olhar para o povo! vcs foram eleitos para isso! Chega de seres humanos morrendo por uma regulação.
    Parabéns a toda equipe do acorda cidade, função social de extrema relevância.

  5. É um absurdo uma criança hospitalizada há quase 30 dias com quadro de infecção e não ser solicitado a coleta de material para saber o tipo de bactéria que a menina tem no olho, fica de forma aleatória usando antibiótico e comprometendo os rins da criança piorando o quadro clinico, como a mãe relata na reportagem que já apresenta febre e anemia, sem falar na demora para o infectologista ser acionado. Um absurdo!! Cadê o governador , cadê a secretaria de saúde do Estado????

  6. Um verdadeiro descaso! Um mês que a adolescente está internada tomando antibióticos sem acompanhamento de infectologista???? Nunca vi isso!!!! Até onde tenho conhecimento a intervenção com antibiótico precisa de exames para saber que tipo de bactéria precisa ser tratada.
    A adolescente correndo o risco de perder a visão e ter uma infecção generalizada por conta de negligência do hospital.
    Vou acompanhar esse caso e entrarei em contato com a mãe… isso não ficará impune!!!!

  7. é por que o dinheiro do povo, que sería para investir na saúde,,é direcionado para pagar cache^altissimo para os artista no micareta

  8. O melhor que a mãe fax é pedir um relatório e tentar diretamente na oftalmologia do HUPES, ou Hospital dad Clínicas. Procura ver o dia da triagem e conversa com um residente, eles atendem, após confirmar a gravidade do caso, além de ser de interesse para a ciência, visto ser um hospital escola. Se ficar esperando, pode ser tarde demais e a menina, no mínimo, perder a visão. Trabalhei lá, o pessoal de oftalmo é bem tranquilo.

  9. Imaginem a angústia e desespero dessa mãe, e o sofrimento da filha, um mês internada tomando todo tipo de medicação, sem saber se vai ficar bem ou quando vai voltar pra casa… O Acorda Cidade está de parabéns em ouvir e da voz pra essa mãe, espero que com essa exposição, a situação seja resolvida, e que depois façam outra materia, com a menina recuperada em casa.

  10. Este tratamento da paciente Maria Eduarda é pra ontem, estar esperando o que mesmo?
    Não se faz necessário acionar o ministério público não, basta ter a responsabilidade do compromisso em cuidar,vamos lá cuidadores,mais empenho com aqueles que o sangue não corre em nossas veias.

  11. Caso muito sério dessa menina…pedimos as autoridades q dem uma solução urgente,muito difícil esse nosso país ,onde a saúde está desprezada .cadê nosso governantes nesse momento ,queremos a solução desse caso urgente

  12. Imploramos aos Governantes da nossa cidade e do nosso estado…. Q cuide desse caso com atenção…. Por favor…. O caso dela cada dia q passa se agrava mais…. Pelo amor de Deus

  13. Governante, políticos mexam-se. Infelizmente nessas situações eu, vc ficamos inertes sem poder ajudar e somente orar pela recuperação da adolescente

  14. Cadê o tal do Albert Moreira de Araújo, que comentou aqui no dia 25 de Março,puxa saco dos governantes,que falou aqui que o atendimento no HEC pra ele foi bom,tai mais uma pra vc,quem é mãe sabe o que passa nessas instituições quando não se tem uma indicação pra ser atendido urgente,espero que as autoridades se comovam com o caso dessa menina.

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