Hospital da Mulher busca conscientizar população sobre como evitar partos prematuros

O Hospital Inácia Pinta dos Santos (Hospital da Mulher) de Feira de Santana promove este mês diversas ações de conscientização em alusão à campanha Novembro Roxo, de prevenção à prematuridade em bebês.

De acordo com a enfermeira Milena Leite, que coordena o programa Método Canguru, no Hospital da Mulher, o Dia Mundial da Prematuridade é celebrado no dia 17 de novembro, e neste dia, será iniciada uma vasta programação relacionado ao tema, como também no dia 21 de novembro, com a realização de palestras e oficinas voltadas para pacientes que recebem atendimento na unidade.

“Estamos no Novembro Roxo, que é um mês muito importante, como também o Novembro Azul. Realmente a taxa de bebês prematuros tem crescido muito. Neste ano de 2022, a realidade de Feira de Santana, na unidade do Hospital da Mulher, é de que nasceram de 1º de janeiro a setembro 385 bebês prematuros, então a gente observa que o índice tem aumentado e existe esse mês justamente para conscientizar a população e evitar esses partos prematuros”, informou.

Segundo Milena Leite, há uma série de fatores que contribuem para o nascimento de bebês prematuros, como o consumo de álcool e drogas, além de um pré-natal feito de forma inadequada.

“Existe uma série de fatores que podem evitar esses partos. É uma taxa alta que precisa diminuir, e a partir da campanha deste ano do Novembro Roxo, com o tema global para 2022 ‘Garanta o contato pele a pele desde o momento do nascimento’, todas as unidades hospitalares estão voltadas para conscientizar essa população e evitar o nascimento de tantos prematuros. Mas uma vez que nasceu, há estratégias de como cuidar desses bebês, que nasceram tão frágeis, indefesos, e com uma equipe multidisciplinar de profissionais capacitados, com certeza, o bebê se desenvolve muito bem”, enfatizou a enfermeira.

Os bebês são considerados prematuros quando nascem com idade gestacional abaixo de 37 semanas, e os prematuros extremos são aqueles abaixo de 28 semanas, informou Milena Leite.

“Para se evitar um parto prematuro deve existir um pré-natal bem feito, que identifica através das consultas e exames, o que pode ser solucionado ou evitado. O Ministério da Saúde determina que sejam feitas pelo menos seis consultas de pré-natal. A gente observa que há justamente a negligência de algumas mulheres, que não fazem um pré-natal de forma adequada. Precisamos conscientizar a população de que uma vez que uma mulher está gerando um bebê, ela precisa ser acompanhada,

fazer as consultas, e o uso de cigarros, do álcool também favorecem o parto prematuro, outros fatores como diabetes e hipertensão, mas também coisas que podem ser evitadas, como uma infecção urinária, que se não for tratada ou evitada, ajuda também o nascimento de um bebê prematuro.”

Covid-19

A pandemia trouxe uma série de inseguranças para as mulheres que desejam engravidar. No entanto, conforme a coordenadora do Método Canguru, ainda estão sendo feitos estudos para comprovar se há relação entre a doença e o nascimento de bebês prematuros.

“Muitas gestantes ficaram apavoradas, e ainda está em fase de pesquisas a suspeita de que uma mulher acometida pela covid-19 venha a ter parto prematuro. Mas a gente tem que orientar para todas que usem máscara, evitem locais aglomerados, evitar estar próximo a pessoas com alguma infecção respiratória”, orientou.

Outro ponto que merece atenção, de acordo com Milena Leite, é o acompanhamento de bebês com prematuridade.

“Esses bebês precisam ser acompanhados de perto, e aqui no Brasil existe uma política pública chamada Método Canguru, que é dividido em três etapas, sendo a primeira a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e esse bebê ao nascer vai para a terapia intensiva, com suporte ventilatório, hemodinâmico, com equipe de vigilância 24 horas, e dá todo o suporte. Existe a equipe de fisioterapia, enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos neonatologistas e se precisar fazer alguma ultrassom ele faz. O hospital Inácia Pinta dos Santos (Hospital da Mulher) é municipal, a gestão é muito bem preparada em relação a isso. Nós estamos a cada dia crescendo na instituição, nos preparando para que cada dia que passa possamos dar uma qualidade na assistência.”

Além do método canguru, existe no Hospital da Mulher também a unidade de cuidados intermediários e a UTI, que juntos formam o bloco neonatal do Hospital da Mulher.

“Uma vez que um bebê nasce prematuro, só sai do hospital com 35 semanas de idade gestacional corrigida e 1,8kg, sabendo respirar sozinho, deglutir e sugar. A gente tem sempre que ajudar em todo o processo para que quando for para casa não tenha problemas. O Novembro Roxo tem uma linda história construída desde 2014, e o roxo é uma cor muito característica ao prematuro, é um cor peculiar, que simboliza sensibilidade e individualidade, características peculiares do bebê prematuro.”

Confira abaixo a programação do Hospital da Mulher referente ao Novembro Roxo:

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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