Clube da Ferrugem

Encontro reúne cerca de 150 carros antigos em Feira de Santana

A proposta do evento é fomentar a paixão do público pelo antigomobilismo e proporcionar um momento de confraternização entre colecionadores.

19/11/2023 às 18h48, Por Andrea Trindade

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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Neste final de semana ocorreu, no Boulevard Shopping em Feira de Santana, a 11ª edição do Encontro de Veículos Antigos da Princesa do Sertão. Cerca 150 veículos de várias cidades participaram da exposição, transformando o estacionamento do shopping em um museu automotivo ao ar livre.

O encontro não se limitou apenas à exposição de veículos com mais de 30 anos de fabricação. Este ano, trouxe novidades, incluindo workshops e painéis, destacando temas contemporâneos como veículos elétricos e híbridos, e shows.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A organizadora do evento, Margareth Cedraz, enfatizou que a proposta é “fomentar a paixão do antigomobilismo” e proporcionar um momento de confraternização entre colecionadores. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela também falou sobre a parceria com o Clube da Ferrugem, que reúne proprietários de veículos antigos, para a realização deste evento.

“Já estamos no 6º ano fazendo a produção desse evento, a organização, a gestão com o Clube da Ferrugem, e essa foi mais uma edição feliz, onde as metas foram batidas. Nós tivemos aqui mais de 150 veículos expostos simultaneamente. Veículos de outros estados, de diversas cidades da Bahia. Como novidades nesse ano, tivemos workshop com painéis no sábado e no domingo. Neste domingo deixamos um pouco de falar dos veículos antigos para falar na atualidade, sobre veículos elétricos e híbridos”, disse.

margareth cedraz
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ela destacou que o Encontro de Carros Antigos é um evento para toda família, há música ao vivo e programação diversificada para todas as idades, inclusive um espaço infantil.

“O encontro visa fomentar a paixão do antigomobilismo. É um momento de congraçamento entre os colecionadores, onde eles podem mostrar os seus veículos para o público. O evento do Clube da Ferrugem está no calendário anual de encontro de veículos antigos e todo ano acontece no mês de novembro. Ele tem exatamente esse intuito de reunir os colecionadores, com uma forma de mostrar o mesmo das suas relíquias e garantir uma opção de lazer para as famílias”, disse.

Quando um carro é considerado antigo?

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O diretor financeiro do Clube da Ferrugem, Claudio Jorge Nery dos Santos, explicou os critérios para um veículo ser classificado como antigo. “Um carro é considerado antigo pela Federação Brasileira de Veículos Antigos quando tem no mínimo 30 anos de fabricação e 80% de originalidade. Temos duas categorias, os carros antigos com mais de 30 anos e os Neo-Colecionáveis, que são os carros com 13 anos, ano 2000 para baixo.”

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Cláudio destacou que o evento não exige que o carro seja 100% original, mas que esteja conservado. Se for totalmente original, melhor ainda.

“A gente quer que a pessoa goste do carro que tem e conserve o carro, se puder ser todo original, ótimo. Mas tem gente que gosta de seu carro antigo, quer rebaixar, quer botar uma roda diferente, não tem problema não. Contando que seja carro antigo, está ótimo”.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Sobre a paixão pelos carros antigos, Claudio revelou ao Acorda Cidade que tem um Opala Diplomata de 1988, e usa no dia a dia. “Eu uso para ir à rua, trabalhar, para ir para a faculdade e até para viajar”, contou.

Conservação, preço e peças

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em relação à conservação, Santos destacou que nos carros antigos, as chapas eram suscetíveis à ferrugem devido a um tratamento diferente. Atualmente, o tratamento nas fábricas dificulta o surgimento de ferrugem nos carros modernos.

“Dificilmente você vê um carro novo enferrujado, ele não cria a ferrugem. Eu acho que é mais pela questão do tipo de material utilizado no ferro hoje. É tanto que os carros novos são mais moles, mais maleáveis do que os carros antigos, que eram muito mais rígidos”, comentou.

Sobre os valores dessas preciosidades, Claudio destacou que um Opala dos anos 70, por exemplo, pode ultrapassar os 50 mil reais, dependendo da conservação. Quanto mais original, mais valorizado. A raridade e a conservação são fatores que influenciam no preço dos veículos antigos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Quanto mais original possível, mais caro ele vai ser. Como esses carros foram muito fabricados, o pessoal na época usava como carro comum, como um Corolla hoje, como um Ford Ka, um Celta. Como a pessoa na época usava muito, acaba desgastando o carro, então, quem guardou e conservou, você tem aquela raridade ali guardada”, disse.

Sobre peças, Santos enfatizou que, graças à internet, é possível encontrar peças em todo o Brasil, facilitando a manutenção desses carros. Ele também destacou que o mercado de peças é acessível e, em alguns casos, é possível importar peças de outros países.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O evento atraiu participantes de diversas cidades, incluindo Alagoinha, Santo Estevão, Santa Bárbara, Conceição do Jacuípe e Salvador. O ponto alto foi a presença de um participante de Petrolina, que percorreu uma longa distância rodando com seu Maverick para estar presente no encontro.

O 11º Encontro de Veículos Antigos da Princesa do Sertão não foi apenas uma celebração dos automóveis, mas também um mergulho nostálgico e cultural, reunindo entusiastas de todas as idades em torno de uma paixão atemporal.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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