Educação ambiental nas escolas é debatida em seminário sobre a requalificação da Bacia do Jacuípe 

Destinado a professores, coordenadores e diretores de escolas, o I Seminário de Educação Sobre a Requalificação da Bacia Hidrográfica do Rio Jacuípe, aconteceu na noite desta quinta-feira (1º), na sede do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Feira de Santana. 

O evento teve como objetivo discutir temas relacionados à preservação do manancial, e o papel das escolas na formação de cidadãos conscientes sobre a importância da preservação do meio ambiente. 

A iniciativa é da Prefeitura de Feira de Santana, através das secretarias de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semmam) e Educação (Seduc).

A secretária municipal de educação Anaci Paim palestrou sobre “a educação ambiental no contexto da vida escolar”, na qual destacou que a conscientização de cidadãos deve ser desenvolvida desde a infância no ambiente escolar.

“É a partir dos nossos alunos, nas idades mais iniciais, que deve ser transmitida a importância da preservação do meio ambiente, sobre seu papel, é quando começa a ter uma condição de influência nessa formação. Ele começa a se entender como um agente mirim que tem condição de dar sua contribuição para a preservação”, destacou.

Presente no seminário, o vereador Jurandy Carvalho, que é produtor rural e tem levantado na Câmara Municipal questões acerca da preservação do meio ambiente, especialmente dos rios, disse ao Acorda Cidade que  Feira de Santana e Riachão do Jacuípe são as cidades que mais poluem o Rio Jacuípe.

“Estas duas cidades devem ser responsáveis por 70% da poluição do Rio Jacuípe, trazendo inúmeros prejuízos à sociedade feirense. Os 22 riachos que cortam Feira de Santana e que desaguam no Rio Jacuípe, além da água da chuva e de águas servidas que lavam pratos e uma ́ série de coisas, por exemplo, são jogadas no rio. Assim que cessou a chuva eu fui ao rio e filmei que várias toneladas de lixo dos bairros foram arrastados para o rio. É de estarrecer o coração da gente. Bebemos essa água, tomamos banho e cozinhamos dessa água que a gente contamina”, lamentou.

Educação ambiental nas escolas é debatida em seminário sobre a requalificação da Bacia do Jacuípe; vereador mostra lixo espalhado no rio após chuvahttps://t.co/HniQ1shMt8 pic.twitter.com/TpNlCbnW2U

— AcordaCidade.com.br (@Acordacidade) December 2, 2022

O vereador destacou ainda, que a Embasa cobra 80% do valor da conta de água para tratamento de esgoto, mas deveria tratar as águas antes de sair do rio  também, e não apenas depois que ela sai das residências.

“Qual a contrapartida? Se você vende a água de Pedra do Cavalo e os principais afluentes de Pedra do Cavalo são os rios Jacuípe e Paraguaçu, então porque você não dá uma contrapartida, uma barreira de contenção, não trata os esgotos próximos ao rio? Não, a Embasa prefere gastar com muitos produtos químicos para tratamento da água e não faz um tratamento também antes, de preservação”, observou o vereador enfatizando que muitos pescadores têm sofrido muito no Rio Jacuípe porque várias espécies de peixes sumiram, devido a poluição. 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda  Cidade

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