Consórcio vai cumprir determinação e devolver boxes e mercadorias a permissionários do Shopping Popular

Os permissionários do shopping Popular Cidade das Compras se reuniram nesta sexta-feira (4), em assembleia, para discutir o processo de reabertura dos boxes que foram lacrados pela administração do empreendimento e a recuperação das mercadorias apreendidas.

De acordo com a presidente da Associação de Camelôs do Shopping, Elizabeth Araújo, a entidade recebeu um documento do Consórcio Portal do Sertão, informando que iria cumprir a decisão da Justiça, de não lacrar mais os boxes dos permissionários nem tomar mercadorias.

“O objetivo dessa assembleia foi falar que o Consórcio enviou um documento informando que vai cumprir a sentença do juiz. Neste documento, ele orienta que todos os camelôs que estão associados à entidade e que estão com a situação do box lacrado e com a mercadoria retida, precisam comparecer até à administração munido de um documento que a associação vai apresentar, para requerer esse box de volta. A decisão do juiz é que pare de lacrar os boxes e reter as mercadorias. E deixou também marcada uma audiência para o dia 24 de novembro”, informou Elizabeth Araújo.

Segundo ela, a decisão foi assinada no dia 19 do mês passado, e a concessionária foi notificada nesta quinta-feira (3).

“Eu recebi a documentação comprovando e a declaração de que o consórcio vai cumprir com a sentença. Então a gente está se organizando, tem muito camelô que perdeu o ponto, que está com o box lacrado e a mercadoria retida, que agora vai levar esse documento, porque o camelô já é associado desde maio de 2021, e ficamos agora na expectativa de como será feita a negociação dos condomínios que estão em aberto, mas de antemão, essa decisão é nossa garantia do box, do local de trabalhar, isso que é muito importante para a gente”, afirmou.

A presidente da Associação reiterou que todos os permissionários que estiverem associados desde maio de 2021 junto à associação, têm direito de requerer o documento e ir até a administração para requerer o box, com a mercadoria devolvida.

“Essas mercadorias retidas, a maioria fica no depósito, e algumas estão ainda dentro do box lacrado. Elas terão que ser devolvidas, e se a concessionária não cumprir o prazo de devolução, a partir do momento que o camelô estiver associado e comparecer, se ele não cumprir, aí ele sofre penalidade, multa diária de mil reais, a sentença que o juiz decretou, até o teto máximo de multa que é de R$ 20 mil. Estamos fazendo ainda um levantamento. Entraram no shopping 1.400 camelôs, mas a gente tem entre 60 a 80%, pois a maioria foi expulsa justamente por conta do lacre do box. Então tem muita gente para vir pegar essa documentação e requerer o box de volta, não sei como vai ser o procedimento depois, mas de antemão o que tem de decisão é essa, porque a gente briga para ter o nosso local de volta para trabalhar”, destacou.

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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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