Com paralisia cerebral, paciente de 14 anos aguarda há mais de 4 meses por cirurgia

Jonathas de Oliveira dos Santos, foi diagnosticado com paralisia cerebral quando tinha apenas oito meses de vida. Hoje com 14 anos, já realizou vários procedimentos cirúrgicos no Hospital Martagão Gesteira, em Salvador, onde é acompanhado desde os 3 anos de idade.

Ao Acorda Cidade, a mãe, Janeide Borges Oliveira, moradora de Feira de Santana, informou que o filho precisa realizar um novo procedimento cirúrgico, mas desde o mês de abril, não recebe nenhum retorno por parte da unidade hospitalar.

“Devido à paralisia cerebral, Jonathas também tem encurtamento dos tendões, ele tem essa parte motora do lado esquerdo comprometida. Já fez cirurgias no joelho esquerdo, já fez no tendão de Aquiles, mas ainda precisa fazer novas cirurgias, até aplicação de botox, ele já fez. A equipe de ortopedia que atendia ele foi embora, e no mês de abril, uma nova equipe chegou, mas nada ainda foi resolvido”, lamentou.

Ainda de acordo com Janeide, muitos exames clínicos já foram feitos, mas por conta do tempo que já possuem, é provável que não sejam aceitos.

“Os primeiros exames solicitados já foram feitos, tem um por exemplo, que não serve mais por conta do tempo. Já fizemos novos exames, mas sempre estão adiando as consultas. Meu filho já tem 14 anos e daqui uns dias, ele não vai poder mais ser atendido pelo Martagão, já que o limite é até 15 anos de idade. Meu filho é paciente há praticamente 11 anos, mas o Hospital está dificultando este procedimento, eu preciso que eles resolvam, que possam fazer a cirurgia do meu filho, é um direito dele, mas não está sendo respeitado”, desabafou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Hospital Martagão Gesteira, e a a seguinte nota foi enviada:

O Martagão Gesteira informa que o Hospital conta com equipe completa de ortopedia funcionado todos os dias. Ressalta, ainda, que a demanda geral, oriunda de todo o estado, é muito grande, o que gera uma fila de pacientes, fato agravado pela pandemia do COVID 19, mas que a Instituição trabalha constantemente para reduzir o tempo de espera. O Hospital destaca também que o serviço de ortopedia pediátrica não fechou em nenhum momento, nem mesmo durante a pandemia. O Martagão irá avaliar o caso do paciente citado na reportagem e adotará as providências necessárias.

Com informações da produtora Maylla Nunes do Acorda Cidade

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