Feira de Santana

Com alopecia grave e dores fortes na coluna, mulher pede ajuda para obter diagnóstico correto e tratamento

A alopecia, uma perda de cabelo significativa, também tem afetado o emocional e a autoestima de Margarida Ferreira.

01/04/2024 às 20h18, Por Jaqueline Ferreira

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Margarida Ferreira
Margarida Ferreira | Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

Uma moradora do distrito da Matinha, em Feira de Santana, buscou a produção do Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (1º) para realizar um apelo em prol da sua saúde. Há mais de três anos, Margarida Ferreira, de 57 anos, sofre com fortes dores na coluna, o que tem prejudicado seu cotidiano. De lá para cá, tem sido uma saga para tentar descobrir e tratar a enfermidade. Até o momento, pelos médicos que conseguiu passar, não teve um diagnóstico sobre a doença. 

“Já fiz ultrassom, raio-x, fisioterapia, me colocaram na Uefs para fazer o programa da terceira idade e não consigo porque estou travada. Essa noite mesmo foi horrível porque é muita dor para todo lado e você não consegue dormir. Isso está afetando meu psicológico, o emocional, falta fome. Esses dias tive diarreia, eu sinto dores como facadas na coluna, vêm para a região do ombro. As pernas pesam e eu sinto que está grave”, relatou.

Dona Margarida não tem passado por acompanhamento médico e sempre que não tem como suportar mais as dores, busca o pronto-socorro. Em um desses atendimentos, ela foi orientada a procurar um neurocirurgião para entender melhor a situação. 

“Ele falou que era para o neuro avaliar se precisaria de uma intervenção cirúrgica”. 

Margarida tem caso de câncer de coluna na família. Há aproximadamente nove anos, ela perdeu uma irmã para a doença. O que alertou ainda mais os médicos para que ela busque realizar um rastreio na sua saúde. 

Margarida Ferreira
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

Outro problema que Margarida convive há mais de 15 anos é a alopecia. A perda de cabelo significativa que também tem afetado seu emocional e a sua autoestima.

“Nasciam nódulos, eu perdia o cabelo todo e foi feita uma biópsia que dizia que não era maligno, mas que precisava realizar uma cirurgia no couro cabeludo para tirar os folículos que estavam nascendo para dentro. Então, tem uma área que não tem cabelo nenhum. Eu cheguei a ficar muito tempo depressiva, precisava de acompanhamento, de medicação. Mas eu não quero ficar dependente de remédio controlado, eu preciso controlar a minha vida. Eu sei que tem pessoas de bom coração, Deus vai usar algum médico para me avaliar, porque viver com dor ninguém aguenta”. 

Aposentada por invalidez há oito anos, Margarida tem gastado bastante com medicação que os médicos têm solicitado para amenizar sua dor. Ela realizou um apelo para que as pessoas ajudem, tanto doando qualquer valor, quando algum neurocirurgião que possa lhe atender. 

Margarida Ferreira
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

Doe fios, doe amor

Além disso, Margarida tem o sonho de ter uma peruca para melhorar a sua autoestima e, consequentemente, a sua qualidade de vida para viver bem com os seus filhos e netos. Ela está aceitando a doação de perucas que facilitem o seu convívio no dia-a-dia, seja para ir ao médico ou em qualquer lugar, ela deseja se sentir bem, se considerando uma mulher bonita que ela é.

“Toda mulher quer ter o cabelo arrumado, ela quer ter uma autoestima. Agora, imagine aí, quando você vai lavar o cabelo, você chega na pia, você chega no banheiro, se olha no espelho. Ninguém queira estar no lugar do outro. E nunca pense assim, a minha dor é igual à sua. Porque não é. Onde dói, é diferente”, ressaltou.

Apesar das dificuldades que tem enfrentado, ela não perde a fé e a esperança de que ainda há solução para tratar a enfermidade que está passando. Em Deus, Margarida deposita sua confiança para que as pessoas lhe ajudem a sair dessa situação de dor e angústia. 

“Eu continuo com o coração como Deus pede, voltado para amar. E sempre dizendo que Deus é bom, que Deus é maravilhoso. E reforço minhas palavras, que Deus ainda deixou muitas pessoas de bom coração. E eu creio que vou conseguir chegar no que estou precisando, cuidar da minha coluna, cuidar da minha saúde para poder brincar um pouco com meus netos, ver meu netinho crescer, para poder fazer algo na minha casa. Eu não quero ser uma pessoa inválida, é horrível porque você vai sofrer, vai dar trabalho para o filho, porque filho também tem sua vida. E quando eles crescem, eles precisam viver”.

Quem quiser contribuir, pode doar através da chave Pix (75) 99968-7359. 

Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade

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  1. Eu tenho alopecia também e não sabe o quão ruim é, Você olhar no espelho todos os dias e não ter cabelo😢 eu até hoje sofro porque são medicamentos e tratamentos caros e que não é oferecido pelo SUS . Você não consegue ajuda, isso é muito doloroso. Em mim começou quando tinha 12 anos e passei por vários médicos e nenhum tinha diagnóstico de que era. Hoje minha cabeça ta a mesma coisa ou pior que a dela. Isso mexe com nosso psicológico sem contar brincadeiras de mau gosto. Mais agradecer a Deus o privilégio que ele nos dá de levantar todos o dias.

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