Carne bovina e verduras estão mais baratas em Feira de Santana; comerciantes explicam a tendência do mercado

Os consumidores estão voltando a consumir mais carne bovina em Feira de Santana. Essa tendência tem sido percebida pelos comerciantes nos últimos dias e é resultado da queda dos valores de venda do produto.

O Acorda Cidade foi conferir como está o mercado na cidade e conversou com alguns comerciantes do segmento. Houve também uma queda no preço de verduras e legumes.

Reginaldo Afonso Amaral que é dono de uma Casa de Carnes, disse que o que tem ocorrido é uma redução na arroba do boi gordo. Estava custando R$ 310 e passou a custar R$ 240. Segundo ele, essa redução que foi passada aos frigoríficos foi passada também para os consumidores finais e o que pode ser notado é que muitas pessoas passaram a consumir nos últimos dias uma maior quantidade e variedade de carnes. A queda de preço tem atraído os clientes e quem antes comprava 1kg, hoje já leva 2kg ou mais.

“Fizemos uma redução na tabela e baixamos em torno de 10 a 15% do preço do varejo da carne. A carne de primeira, como alcatra, contra-filé e chã de dentro a gente vendia por R$36,90 e agora chega a custar até R$ 32,90. A carne com osso custava R$19,90 e está por R$16.90. A cruz machado, acém, carnes para bife, custavam R$29,90 e agora custam R$26,90. Para o comprador final é a melhor coisa”.

Fabricio da Limeira, que também é dono de um frigorífico na cidade, comentou sobre a redução. De acordo com ele, este cenário vem sendo registrado desde a semana passada.

“Desde a semana passada que os preços caíram. Em alguns locais em até 30%. A carne de primeira mesmo, como a picanha, cupim grill chegou a custar R$70 e hoje pode ser encontrada por R$ 45. Houve queda também no fato e na rabada. Estamos passando para os consumidores essa redução. Para quem comprou bezerro caro ano passado ficou ruim que não vai acompanhar essa baixa do boi. Semana que vem a arroba deve ficar por R$225. Para os consumidores finais ficou bom, voltaram a consumir mais”, comentou.

O pecuarista feirense e investidor do agronegócio, Miguel Pinto de Santana confirmou ao Acorda Cidade sobre esses aspectos do mercado do boi gordo. Ele avaliou que houve uma queda brusca no preço da arroba e dentre os fatores que contribuíram para a queda está o indício de vaca louca que não foi confirmado. No entanto, segundo ele, mesmo sem essa confirmação, a queda nas exportações do Brasil é uma incógnita.

“Vem despencando de preço e diminuindo a exportação. Hoje na Bahia temos o sétimo rebanho do Brasil, acima até de são Paulo e isso favoreceu a diminuição do consumo que o preço estava exorbitante. Chegou a situação que o consumo caiu, como caíram os produtos ligados ao agronegócio, só vamos ter um resultado objetivo no decorrer do tempo”, afirmou.

O pecuarista salientou ainda que muitos pecuaristas disseram que ainda não perceberam a queda de preço nos frigoríficos e casas de carne, uma vez que houve uma queda brusca na arroba que está por R$240.

“Eu não sei se isso refletiu no consumidor, entende-se que sim. Uma redução alta na pecuária. As exportações diminuíram e há muita oferta no mercado e ao bom raciocínio é difícil de imaginar isso, porque o mundo precisa da carne do Brasil, somos o maior rebanho comercial do mundo. Os preços finais vão baixando, mas os preços dos insumos agropecuários aumentaram bastante”, frisou.

Preço dos legumes

A outra queda de preços verificada na cidade foi dos legumes como batata e chuchu.

O feirante Estelito Bispo dos Santos, da Feirinha da Estação Nova, que é conhecido como Jair da Verdura, relatou que muitos produtos tiveram uma queda de em média R$ 1 no valor final. Exemplos destacados por ele foram a batata que estava por R$7, passou a custar R$ 6 e também o chuchu.

“O pimentão também baixou, está por R$1 a unidade e 3 por R$2. A cenoura semana passada custava R$9 e essa semana está por R$ 7.

Conforme o feirante, neste período mais frio de outono e de proximidade do inverno, é comum os produtos sofrerem uma queda de preço. A expectativa dele é a partir de agora o movimento aumentar e faturar com as vendas dos produtos juninos como milho, amendoim e outros.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram