Cantor de Feira de Santana se apresenta no Programa ‘Altas Horas’

O cantor feirense Sérgio Nascimento tem mostrado seu talento nos eventos de São Paulo, tanto que no último final de semana ele se apresentou no programa ‘Altas Horas’, da Rede Globo. A edição de sábado (23), fez uma homenagem aos 40 anos da Banda Titãs, onde o artista se apresentou com o Ginga & Voz Coral, cantando a música ‘Enquanto Houver Sol’. 

O cantor que na adolescência assistia ao programa do sofá de casa, no bairro George Américo em Feira de Santana, contou que nunca se imaginou cantando na televisão. 

“Nunca imaginei estar naquele palco e fazer parte daquilo tudo, mas aconteceu, coube ao destino, ao divino, creiamos no que quiser. Conheci Serginho Groisman que é um cara espetacular, muito gentil, atencioso e profissional e foi uma experiência única que agregou muito na minha vida”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.

O mais velho de dois irmãos, ele contou que cresceu regado por muita dignidade que sua mãe conseguiu lhe dar. O gosto pela música surgiu ainda na infância, mas foi na adolescência que ele percebeu que o sonho de viver de música era seu desejo.

“Eu sempre gostei de música, ouvia aqueles Loves Songs, de música internacionais, brasileiras também, mas foi na adolescência que percebi que gostava de cantar, que era afinado e recebia o feedback das pessoas na escola”, contou.

Sérgio que também é compositor falou que por conta da correria do dia a dia, está diminuindo mais a produção de músicas. Morando em São Paulo há 1 ano e 9 meses ele disse que ainda tem muito que aprender e viver na cidade. 

“São Paulo é um mundo, é enorme e as possibilidades também são. Muita gente para conhecer, muitos locais onde a música acontece, uma diversidade de tribos imensa. Eu ainda nem conheci metade da cultura e da ordem que rege São Paulo, não somente a nível musical, mas de vivência, tendo aprendido a lidar com o ambiente que nunca para. Qualquer coisa que você precisar, em qualquer horário você encontra, porque a cidade não dorme”, afirmou.  

Ainda em Feira, o cantor se destacou trabalhando de backing vocal na Banda Cor e participou também de festivais como ‘Vozes da Terra’, na banda de base. 

“Foi uma experiência maravilhosa, porque a banda é muito boa, os meninos são maravilhosos, foi uma convivência espetacular. Aprendi demais, viajei com eles, aprendi a lidar com a ideia de fazer shows, viajar para lugares, então foi uma experiência que agregou muito na minha vida e no meu histórico musical”, disse falando da época com a Banda Cor. 

Por boa parte do tempo, ele trabalhou como backing vocal, mas depois de um tempo se viu como protagonista no mundo da música. Atualmente Sérgio trabalha com a banda Baile, tocando em casamentos e eventos e já está almejando novos projetos para a carreira solo.

“Depois eu me vi lançado para essa ideia de ter uma carreira solo, de falar das coisas que eu penso, imagino e gosto e isso é interessante também. Eu tenho muita facilidade de realizar essa transição entre estar em um grupo, aqui em São Paulo eu trabalho com a banda Baile e também tenho me disposto a lançar uma carreira solo futuramente, tudo isso está embrionário, mas pelo menos já existem sonhos e planos para isso”, declarou. 

De acordo com o cantor, o convite para participar do programa Altas Hora surgiu através de uma indicação de um amigo. Ele revelou que durante os ensaios ficou ainda mais feliz, porque foi escolhido para ser o solo do grupo. 

“O convite eu achei maravilhoso e eu já estava extremamente feliz e dentro do coral a regente pediu que uma voz masculina enviasse um áudio no individual, para que ela avaliasse e escolhesse qual voz seria mais adequada para a música que seria executada. E coube sorte, destino, divino que minha voz foi escolhida e aí foi um processo mais elevado de satisfação”, revelou ao Acorda Cidade. 

Sem esquecer de onde veio e para onde quer ir, Sérgio não deixou de falar sobre a importância das suas raízes. Para ele, contar que veio da periferia de Feira é mais um incentivo para todos que desejam realizar seus sonhos. 

“Eu entendo que nós, todas aqueles que cresceram em periferias sabem da sua realidade e precisam levar sua raiz consigo, é importante para que as pessoas entendam que de um lugar de onde não vai sair muita coisa boa, pode sim sair, bons artistas, boas pessoas, cidadãos de bem e para as pessoas que estão começando é só olharem e dizerem: se Sérgio sonhou,  buscou e está conseguindo, eu também posso. É um incentivo para todos aqueles que desejam chegar a um lugar notável, que desejam vencer na vida e isso não precisa ser num canal de televisão, mas sim ter a dignidade de poder sobreviver nesse mundo, de ser alguém que seja esse referencial para outras pessoas”, pontuou.

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Com informações da repórter Iasmim Santos do Acorda Cidade

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