Saúde

'Feira de Santana está preparada para enfrentar uma variante da covid-19 e não há motivo para pânico', diz infectologista

Amostras de pacientes estão sendo analisadas.

03/02/2021 às 08h31, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

A infectologista Melissa Falcão, coordenadora do Comitê de Enfrentamento a covid-19 em Feira de Santana, em entrevista ao vivo no programa Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (3), afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde investiga se realmente há uma nova variante do vírus na cidade e que amostras de materiais de pacientes estão sendo analisadas. Ela frisou que aguarda o resultado desses exames e que a suspeita dessa nova variante, surgiu a partir da percepção da realidade de outros locais, como a cidade de Manaus e o quadro de alguns pacientes internados no Hospital de Campanha que apresentaram um agravamento muito rápido da doença.

“Coletamos material desses pacientes para investigar novas cepas. São exames mais demorados que necessitam da extração do RNA viral. Mas, se for confirmada, não é motivo para pânico. Estamos preparados e serão adotadas as medidas que a gente já vem utilizando. Percebemos a possibilidade dessa nova variante através de pacientes de qualquer idade, até mesmo pacientes com menos de 40 anos que apresentaram manifestação de sintomas graves mais cedo. Por exemplo, a dificuldade de respirar que era prevista para aparecer na segunda semana, se manifestou nesses pacientes no quinto ou sexto dia de internação”, relatou.

Melissa comentou também sobre o colapso na cidade de Manaus e o protocolo de transferência de pacientes para outros estados. Na opinião dela, a transferência é válida no sentido de ajudar as pessoas, porém é preciso ter muito cuidado, pois pode aumentar a chance da variante do vírus se espalhar de forma mais rápida para todo o país.

“Houve o colapso em Manaus principalmente devido ao descontrole da nova variante e da capacidade de transmissão maior, inclusive em quem já se infectou. O ideal seria a transferência daqueles pacientes que já estão internados há mais de duas semanas do início dos sintomas e não estão com a transmissão ativa”, comentou.

A médica frisou também que nem toda mutação do vírus leva à morte, mas pode indicar que uma gravidade maior pode acontecer. Segundo ela, é importante que as pessoas continuem com os cuidados, porque a imunidade com as vacinas chega de duas a três semanas e a cada nova variante que surge é necessária uma atualização das vacinas.
 

Taxa de letalidade da covid-19 em Feira de Santana

Melissa Falcão relatou que Feira de Santana apresenta uma taxa de letalidade baixa da doença em comparação com outros locais. Ela salientou que houve o pico da covid-19 em julho e também em dezembro, mas em julho houve mais óbitos de pacientes. Para ela, a experiência dos profissionais em saber lidar melhor com a doença, com os protocolos de tratamento permitiu a redução da taxa de letalidade.

Redução da procura de exames da covid-19 e efeitos colaterais das vacinas

A infectologista informou que houve em Feira de Santana uma redução na procura dos exames da covid-19, há exames sobrando e já aconteceu de cerca de 50 pessoas marcarem para fazer o exame e não comparecerem à Secretaria de Saúde. Ela destacou também que estas pessoas nem sequer se preocupam em ligar para desmarcar.

Efeitos colaterais

Sobre os efeitos colaterais das vacinas, Melissa Falcão frisou que as vacinas são seguras, não levam as pessoas a um risco de vida e os efeitos mais comuns são dor no local da aplicação, febre, dor muscular e dor no corpo. Nada que necessite internamento.
 

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