Feira de Santana

Familiares de comerciante que morreu após implante encontraram vítima desacordada em estado grave

Segundo a delegada, a esposa e o filho do comerciante também foram intimados a comparecer hoje à delegacia, mas em razão da forte emoção de ambos, ainda não têm condições de prestar depoimento.

29/03/2022 às 18h13, Por Rachel Pinto

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Laiane Cruz

Familiares do comerciante Cláudio Marcelo de Almeida, que morreu no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) no último domingo (27), após passar durante um procedimento de implante capilar em uma clínica particular na Avenida Getúlio Vargas, prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (29), à delegada Ludmilla Villas Boas e Santos, titular da 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana.

Os cunhados que prestaram depoimento hoje na 1ª Delegacia chegaram à clínica no momento em que Claudio Marcelo estava sendo socorrido pelos funcionários do estabelecimento, já em estado gravíssimo.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Eles falaram que chegaram ao local, após serem chamados pela esposa e os filhos do comerciante, e encontraram Claudio desacordado. O encontraram em estado muito grave, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ele saiu de lá entubado, em estado gravíssimo. Foi levado ao HGCA, onde morreu na madrugada de sábado para domingo”, rememorou Ludmilla Villas Boas e Santos.

Segundo a delegada, a esposa e o filho do comerciante também foram intimados a comparecer hoje à delegacia, mas em razão da forte emoção de ambos, ainda não têm condições de prestar depoimento.

“Por isso, adiamos a oitiva dela para a próxima quinta-feira. A família informou o nome do médico e da clínica. Segundo informações preliminares, a clínica se encontra fechada, e o médico já manteve contato conosco, através de advogado, para marcação de data para ser ouvido. Vamos colher o depoimento do médico, confrontar as versões e também acionar o Conselho Regional de Medicina (CRM), que me trará informações acerca dessas práticas médicas de implante capilar, as normas regulamentadoras e qual a especialidade necessária para realizar o procedimento”, explicou.

Laudos periciais

Conforme a titular da 1ª Delegacia, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) tem 30 dias para concluir a perícia e encaminhar o laudo da necrópsia, podendo prorrogar esse prazo caso entenda haver a necessidade de exames laboratoriais toxicológicos dos restos mortais da vítima e esse material ser encaminhado ao Laboratório Central da Bahia (Lacen).

“Através do resultado do Lacen, esse laudo vem para Feira de Santana para ser agregado ao laudo necroscópico. Por isso, estimamos que, com no mínimo 30 a 60 dias, teremos um laudo conclusivo da causa da morte de Claudio. Segundo os familiares, nenhum médico que assistiu Claudio, tanto no Samu quanto no HGCA, deu qualquer pista de qual poderia ter sido a causa da morte dele. Como não há indícios de morte violenta, seja por arma de fogo ou arma branca, nós temos que estudar a natureza dessa morte”, detalhou.

Por fim, a delegada informou ainda que todas as pessoas citadas no decorrer da investigação necessariamente terão que ser ouvidas, não só o médico que realizou o implante, como também os funcionários da clínica. “Nos valeremos também de outras provas para entender a dinâmica dos fatos. Se o médico causou a morte ou se concorreu de alguma maneira para o resultado dessa morte. Embora, possa ter ocorrido também uma morte natural.” 

 

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

 

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