Feira de Santana

Estudantes ocupam restaurante da Uefs e denunciam precariedade no funcionamento

Na entrada do prédio do restaurante, os estudantes expuseram fotos que mostram alimentos e equipamentos estragados e as condições precárias de armazenamento.

13/04/2012 às 14h44, Por Maylla Nunes

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Ney Silva

 
Cerca de 80 estudantes ocupam desde a madrugada de quinta-feira (12), o Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Feira de Santana. Eles reivindicam melhorias na qualidade da comida servida, fim do Self-Service que eles denominam de ‘Burguesão’, onde a comida é paga, e defendem que no futuro a refeição seja servida de forma gratuita para todos os estudantes e a comunidade externa.
 
Na entrada do prédio do restaurante, os estudantes expuseram fotos que mostram alimentos e equipamentos estragados e as condições precárias de armazenamento. Também um cartaz onde eles elencam as reivindicações e defendem o fim do ‘Burguesão’ com ampliação do Bandejão.
 
Dentro do restaurante, dezenas de estudantes colocaram colchões e colchonetes para dormir e articular a permanência da ocupação que é por tempo indeterminado.
 
 
O estudante do curso de Biologia, Tiago Dias, explicou que os estudantes resolveram ocupar o Restaurante Universitário, porque cinco anos vem reivindicando melhorias e nada foi feito até agora. “Inconformados com isso resolvemos ocupar o espaço também do Burguesão, que é o self-service pago, até para denunciar a presença da iniciativa privada nesta universidade”, afirmou.
 
Ministério Público
 
Segundo Tiago, devido as dificuldades do Restaurante Universitário, um grupo de estudantes decidiu elaborar um relatório denunciando os problemas. Ele informou que o documento será encaminhado ao Ministério Público e a Vigilância Sanitária solicitando que o local seja fechado até que a situação se regularize.
 
Posição da reitoria
 
O Reitor da Uefs, José Carlos Barreto, disse que a reitoria quer manter um clima de tranquilidade, negociação e diálogo. Ele reconhece que algumas das reivindicações são legítimas, mas  disse não concordar com métodos que  estariam dificultando os entendimentos. “Esse não é o clima que desejamos”, afirmou.
 
Em nota, a reitoria informou que os estudantes se  apropriaram de alimentos e danificaram equipamentos e utensílios do restaurante. José Carlos Barreto disse não saber a dimensão dos prejuízos causados pela ocupação. Consta ainda no documento que um grupo de funcionários da empresa que administra o restaurante sentiram-se ameaçados e resolveram suspender as atividades.
 
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade

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