Estão envolvidos no crime quatro PMs e um policial civil

25/09/2009 às 08h40, Por Dilton e Feito

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A Justiça decretou a prisão temporária de cinco policiais envolvidos no assassinato do ex-presidiário Moisés Magalhães Pinheiro, 28 anos, mesmo homicídio em que o campeão mundial de boxe Acelino Freitas, o Popó, foi interrogado. Quatro PMs e um agente da Polícia Civil tiveram as prisões decretadas pela juíza Mariana Teixeira Lopes, que atuava no plantão judiciário do Tribunal de Justiça da Bahia (TJB).

O pedido foi feito pelo corregedor geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Nelson Gaspar Álvares Pires Neto, no dia 13 deste mês. O promotor público Luiz Augusto de Santana deu parecer favorável à prisão temporária e a juíza Mariana Lopes decretou. Os nomes dos policiais não foram revelados porque a decisão segue sob segredo de Justiça. “O incidente deve seguir em segredo de Justiça”, determinou a juíza.

Popó, ao sair de delegacia, onde depôs sobre acusações contra ele – Foto: Evandro Veiga

No site do Tribunal de Justiça constam apenas as iniciais dos nomes dos cinco policiais: A.R.C.F., J.C.J., J.S.B., P.G.B.S. e H.R.M.E.F. Quatro deles foram interrogados anteontem, na Corregedoria Geral da SSP, pela delegada Francineide Moura. O aspirante a tenente, o sargento e dois soldados PMs suspeitos negaram qualquer envolvimento, segundo a assessoria de comunicação da corporação, mas a imprensa não teve acesso aos depoimentos.

O polidor de carros Jônatas Almeida, que também foi sequestrado junto com Moisés, mas conseguiu escapar no momento em que o colega foi assassinado, acusou os quatro PMs da 31ª Companhia Independente da Polícia Militar (Valéria) de fornecerem armas para os dois sequestradores mataremele e o amigo Moisés.

Já a identificação do policial civil é um fato novo na investigação. Existia a suspeita da participação no homicídio de um agente, em função do par de algemas pertencente à corporação encontrado no braço de Jônatas. Mas apenas agora vema confirmação de um civil envolvido. Não foi revelado qual foi a participação dele no crime e em que delegacia trabalha.

O delegado Nelson Gaspar não quis comentar os decretos de prisões temporárias, alegando que o caso corre em sigilo e que a divulgação das informações atrapalha a investigação. Ele disse apenas que as apurações estão adiantadas e que os responsáveis pelo assassinato serão indiciados.

O promotor Luiz Augusto confirmou ter dado parecer favorável às prisões e a juíza Mariana está viajando a trabalho e não foi encontrada. Apesar do segredo de Justiça, as informações sobre o caso estão publicadas no site do TJBA, com o número processual 2830245-0/2009.

(Notícia publicada na edição impressa do dia 25/09/09 do CORREIO)
 

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