Em segunda cirurgia médicos retiram 14 agulhas de corpo de menino

O resultado está sendo considerado bom e de acordo com as primeiras informações, o quadro do menino permaneceu estável durante toda a operação.

23/12/2009 às 18h29, Por Dilton e Feito

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A segunda cirurgia do garoto M.S.A., de 2 anos, terminou por volta das 16h30 desta quarta-feira, 23. Segundo informações da equipe do Hospital Ana Neri, responsável pelo procedimento, foram retiradas 14 agulhas fígado, intestinos e bexiga. O resultado está sendo considerado bom e de acordo com as primeiras informações, o quadro do menino permaneceu estável durante  toda a operação, que durou três horas e meia, e ele evolui bem.

O planejamento inicial previa a retirada de apenas três agulhas, na bexiga e intestino. A retirada de objetos do fígado era hipótese considerada remota pelos médicos, devido ao risco de sangramento. Durante a operação, porém, a equipe de quatro cirurgiões contou com um aparelho intensificador de imagens, o que lhes permitiu visualizar melhor os objetos e proceder sua retirada, inclusive do fígado, sem complicações.

O menino ainda permanece com cerca de 13 agulhas no corpo, a maioria em regiões periféricas, sem colocar em risco órgãos importantes. Uma delas, porém, está no canal cervical e o temor dos especialistas é de que o objeto possa atingir a medula espinhal, o que poderia causar seqüelas na criança. Para evitar que isso aconteça, uma terceira cirurgia poderá ser marcada pelos médicos, após avaliação de um neurocirurgião, ainda sem previsão de data.

Trauma – A criança deu entrada às 13h desta quarta, no centro cirúrgico do Ana Neri. Este é o segundo procedimento ao qual o paciente é submetido desde que foi internado com 30 agulhas dentro do corpo. Em 18 de dezembro, os médicos retiraram duas agulhas do pulmão do menino e duas do coração, com resultado considerado um sucesso.

Durante as preparações que antecederam a operação desta quarta, o garoto estava apreensivo e resistente ao toque dos médicos. O serviço de psicologia da unidade acredita que esse comportamento seja motivado pelo trauma sofrido pelo garoto, quando torturado pelo padastro Roberto Carlos Magalhães, preso em local não revelado.
 

Informações do A Tarde

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