Educação

Vencedor do 'Repórter Mirim do Acorda Cidade' alcança 960 pontos na redação do Enem e tem o sonho de cursar Medicina

O jovem Bernardo Brasil, que participou de seis edições do concurso Repórter Mirim, sempre foi rodeado pelo incentivo à educação.

14/04/2023 às 21h32, Por Iasmim Santos

Compartilhe essa notícia

O estudante Bernardo Brasil, de 16 anos, participou de seis edições do concurso Repórter Mirim do Acorda Cidade. Além de revelar novos talentos da comunicação, o concurso incentiva o senso crítico das crianças e adolescentes participantes por meio de temas livres de cunho social, e isso foi essencial para desenvolver cada vez mais o desejo pelos estudos em Bernardo.

A mãe do jovem, a professora Nadja Brasil contou que sempre escutava o radialista Dilton Coutinho e quando surgiu a oportunidade do concurso ela perguntou ao filho, que na época tinha 6 anos, se ele gostaria de participar e ele quis.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Ele começou a fuçar nas coisas para participar, para fazer as reportagens dele. E a cada ano que ele ganhava ele falava: ‘quero de novo’. Quando ele saia de lá com o troféu ele já pensava no que falaria no próximo ano. Era um incentivo, porque ele lia, tinha que se organizar, decorar as falas. Ele era muito pequenininho, então isso era um incentivo. Um menino de 6 anos tinha que organizar, fazer a reportagem, ler, decorar o textinho para falar, então tudo o que está ligado a leitura e ao estudo para mim é motivação e vale o incentivo”, compartilhou.

Foram seis anos de participação no concurso Repórter Mirim e a professora Nadja reconhece que isso foi um fator importante para aumentar o desejo pelos estudos em seu filho.

“Eu brinco que ele lembra do último concurso que ele não ganhou, engraçado que eu não lembrava do tema, mas ele lembra, porque isso o marcou. Todos ele queria participar, ele ficava na empolgação, quem resolvia o tema era ele, a gente só orientava, organizava e levava, mas tudo quem fazia desde pequenininho sempre foi ele”, pontuou.

O filho é motivo de orgulho para os pais. “A família tá sempre apoiando, ele gosta de estudar, faz parte dele. Mas claro, tem o incentivo da família. Eu sou professora, então ele vê a gente em casa o tempo todo estudando, batalhando. Ele me ajuda muito também. Eu estou no doutorado e ele me ajuda corrigindo meus textos, é uma rotina que ele participa. Estuda, lê. A rotina dele é de leitura, estudos, então a gente não pode esperar outra coisa”, destacou.

A mãe incentiva Bernardo na busca do seu sonho que é cursar Medicina. “Ele fala que é um desejo dele. A cada sucesso que ele tem eu o parabenizo e digo que ele está apenas começando a vida, e sempre digo que ele tem tempo para mudar e pensar no que quer, e ele sempre fala que é isso que ele quer”, declarou.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o jovem contou que participou de seis edições do Repórter Mirim do Acorda Cidade, ganhando cinco vezes.

“Eu participei de seis, ganhei cinco prêmios. Eu não ganhei no terceiro ano que eu fiz, se eu não me engano, foi o tema dos Bombeiros, mas marcou. Eu achei que eu tinha ido bem que ia ganhar, chegou lá na hora e não deu, mas depois vieram mais quatro para a conta”, comemorou.

Bernardo já concluiu o Ensino Médio e está mirando a sua aprovação no curso de Medicina.

“Eu estudo para o Enem desde o começo do Ensino Médio, mas eu comecei a focar realmente no final do 2º ano, que foi quando eu comecei a estudar mais para o Enem, e foi uma sequência de progresso. Eu gosto de Biologia, Matemática, Linguagens, mas a parte de Humanas eu não sou muito fã. Mas a gente tem que estudar todos, não dá pra menosprezar, porque tem muita gente que acha que é besteira e na hora da prova não tem o rendimento esperado”, disse.

Após a divulgação do resultado do Enem 2022, Bernardo comemorou os 960 pontos conquistados na redação.

“Eu fiquei com aquele gostinho de que poderia ter sido 1000, mas eu acho que foi uma nota boa. É importante reconhecer que foi quase, eu queria ter tirado 1000. Eu falei com minha mãe e com o meu pai quando eu estava saindo da sala de prova que tiraria 1000, mas infelizmente não veio, mas acontece. Eu gostei da nota, quase serviu”.

Infelizmente, faltou só mais um pouco para Bernardo conseguir o resultado esperado que era passar em Medicina, mas o jovem reconhece que ainda está novo e que a aprovação chegará em breve.

“Eu não tive um rendimento muito bom, isso me impediu de entrar em uma faculdade neste ano, mas foi tudo dentro do que eu podia fazer na hora da prova, dentro do que eu estava esperando. Eu não estou com pressa, eu estou com 16 anos, estou novo, então eu acho que a minha preparação foi importante, e sei que uma hora eu vou passar tranquilamente, mas gostei da experiência. Minha rotina sempre foi focada nos estudos, sempre buscava fazer redações, revisar os conteúdos sempre que eu podia, fazia muitos simulados e provas anteriores para eu ir me acostumando a prova. É uma rotina puxada, mas vale o esforço”, ressaltou.

O desejo jovem é tornar-se um neurocirurgião.

“Hoje eu pretendo ser um neurocirurgião. Eu tive um contato desde criança com o Dr. Paulo que sempre me acompanhou, porque eu tinha alguns casos de convulsão febril e sempre quando eu tinha febre muito alta eu acabava convulsionando. E ele me acompanhou por muito tempo, e o contato com ele me motivou a me interessar pela área”, revelou.

Atualmente, Bernardo está fazendo um cursinho extensivo com foco na área de Ciências da Natureza. “Eu fiz turmas de revisão para o vestibular da Uneb e Uesb, e agora estou fazendo extensivo. Agora que eu concluí o colégio, antes ficava meio apertada a rotina, mas agora tá tudo encaminhado. No vestibular da Uesb eu tirei 10 na redação”, contou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Os pais foram essenciais para incentivar o jovem a estudar. “Desde o início meus pais sempre me incentivaram, rolava um puxão de orelha ali, mas nada fora do normal. Eu acho que serviu para o meu aprendizado. Sempre gostei de ganhar livros e meus pais sempre ficaram no meu pé perguntando se eu tava estudando”, relembrou.

O tempo para o lazer também é importante. Bernardo relatou que o descanso e a diversão precisa ser colocada na rotina.

“Eu gosto de jogar bola, gosto de fazer academia, então a pessoa não pode se privar do que ela gosta de fazer sempre, porque isso não faz bem para ela, para o corpo e para o mental. Mas claro que terão momentos em que eu vou precisar deixar de sair com a galera para estudar, tem momento em que eu vou precisar adequar a minha rotina a cada situação”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Parabéns!!!
    Incentivo à leitura começa na gestação.
    Uma vez uma pessoa me perguntou o que eu fazia pra minha filha gostar de ler, foi aí que respondi isso. Lembro que quando ela estava na minha barriga eu lia em voz alta pra ela ouvir, cantava, louvava… E assim continuei fazendo mesmo ela sem aprender a ler ainda. Minha casa sempre teve muitos livros pq desde cedo foi uma preferência dela. Instrumentos musicais também fazem parte da rotina dela. Sem falar que tanto eu quanto o pai sempre líamos, portanto, o exemplo arrasta. Em resumo, não há mágica, é preciso incentivar de todas as formas e dar o exemplo.

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade