Educação

Estudantes feirenses conquistam medalha de Prata na Olimpíada Nacional de História do Brasil

Os alunos compõem as turmas do Ensino Médio de uma escola privada da cidade.

21/01/2023 às 18h41, Por Iasmim Santos

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Estudantes ganham medalha de prata em Olimpíada Nacional _ Foto Ed Santos_Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Em sua primeira participação em uma Olimpíada, o Colégio Limite, em Feira de Santana, teve três alunos aprovados em 2º lugar na Olimpíada Nacional de História do Brasil Aberta para Todos (ONHB) na modalidade Escola Privada.

O professor de História, Israel Silva, 26 anos, contou em entrevista ao Acorda Cidade o significado desta conquista.

Professor Israel Silva_ Estudantes ganham medalha de prata em Olimpíada Nacional _ Foto Ed Santos_Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

“Vivemos em uma época na qual necessitamos de uma formação melhor e mais ampla de visão de mundo, ainda mais com o crescimento de fake news. É importante percebermos o que é verdade, o que é absurdo, o que é plausível e o que não é, para orientar a nossa vida. A História serve para nos auxiliar e nos orientar no que queremos ser, fazer, como queremos nos tratar e aos outros. A História tem esse grande leque para a nossa formação enquanto seres humanos, cidadãos”, explicou.

O professor Israel ressaltou que sempre incentivou os seus alunos.

“O campo teórico-metodológico que eu utilizo da Educação Histórica visa criar essas condições para que os alunos se aprofundem em sua consciência, ou seja, a consciência de como a História afeta a vida. E isso os auxilia no caminho que querem traçar e em como eles se relacionam com eles e também com outras pessoas. Eu conhecia a Olimpíada Nacional de História do Brasil na época em que era professor do Programa Universidade Para Todos e com alguns alunos desse Programa eu os incentivei a participarem da Olimpíada. E quando o Colégio Limite abriu as portas para que eu trabalhasse de uma maneira mais livre e também buscando mais possibilidades, logo eu pensei em convidar alguns alunos interessados. Então fizemos todo um treinamento, um preparo, com a finalidade de participar da Olimpíada”.

Israel disse que a vontade dos alunos foi crucial para a obtenção do resultado.

“A gente veio aqui no período da tarde, dedicamos tempo, esforços além do habitual para podermos fazer acontecer. Muitas pessoas do Estado da Bahia participaram, não sei o total agora, quem possui essa relação é a Unicamp, a organizadora. Mas sei que foram sete equipes medalhistas, sendo que a nossa foi medalha de Prata, aqui para Feira de Santana. Foi a primeira vez que o Colégio Limite participou, foi a nossa primeira medalha. E sempre a Olimpíada de História tem uma grande participação no Nordeste, a Bahia está criando essa tradição e a gente pretende participar da criação dessa tradição”, assegurou o professor.

O historiador disse ao Acorda Cidade que foi muito satisfatório ver os seus alunos tendo essa conquista.

“Foi muito satisfatório, não só para mim, mas para todos os outros professores de Humanas, como História, o que eu fiz foi incentivar e ajudá-los. A Olimpíada de História consiste em dar fontes históricas para os alunos aprenderem a analisar e a fazerem um pequeno trabalho de historiador. E foi muito satisfatório ver a evolução deles, ver como eles lidavam com as fontes e com a própria vida”, pontuou.

Eric Brandão_medalhista em Olímpiada Nacional de História. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O aluno do 3º ano do Ensino Médio, Eric Brandão, 16 anos, relatou ao Acorda Cidade que o seu pai sempre o incentivou a estudar sobre a História do Brasil.

“Eu estudo História do Brasil desde que eu me entendo por gente. Meu pai sempre me incentivou, ele também tinha o costume de estudar História, ele tem vários livros sobre a História do Brasil e quando eu estava com mais ou menos 12 a 13 anos ele me deu esses livros para eu poder ler e aprender um pouquinho sobre a história do nosso país”, relembrou.

Quando o tema diz respeito à história do nosso país, a ditadura militar é um dos assuntos que mais atraem o estudante Eric.

“Na História do Brasil o que eu mais me interesso é a questão da ditadura militar, entender o que aconteceu, as revoltas e o que se deu do início ao fim. Mas em História Geral eu gosto bastante do período da Antiguidade Clássica”, abordou.

Eric destacou que ganhar a medalha foi recompensador.

“Foi uma sensação recompensadora. Eu não esperava que a gente fosse chegar tão longe na competição. Eu me sinto muito realizado e grato, e espero que a nossa atitude de ter participado inspire outros alunos, mestres e instituições a incentivarem a participação, porque é muito legal”, concluiu o estudante.

Carlos Kauan Moura_medalhista em Olímpiada Nacional de História. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Outro conquistador da medalha de Prata foi o estudante do 2º do Ensino Médio, Carlos Kauan, 17 anos.

“A prova tinha questões fechadas e tarefas. As tarefas consistiam em analisar mapas, fósseis antigos, e isso fez com que aprendêssemos como funcionava, preparando a gente para algo maior como uma Universidade. Eu estava tranquilo e sempre incentivei os meus colegas e dizia para eles que a gente ia passar. Quando o professor entrou no colégio eu senti a vontade de participar, porque ele sempre falava bem sobre o Olimpíada e incentivava”, compartilhou Carlos Kauan.

Demilly Carvalho_medalhista em Olímpiada Nacional de História. (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

A estudante do 2º ano Dimily Carvalho destacou que o desafio foi enorme, mas se sente honrada de ter participado.

“Foi muito bom conhecer o Eric, que era de outra sala, e conhecer melhor o meu colega de sala Carlos. Estarmos juntos em uma Olimpíada, como a de História, foi gratificante, ainda mais recebendo esse reconhecimento da nossa luta, durante os dias, para alcançarmos o 2º lugar. Estou feliz e honrada de estar fazendo parte disso”, ressaltou a estudante Dimily.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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  1. Parabéns aos alunos, grande conquista! Ao professor Israel Silva pelo incetivo, e ao colégio LIMITE, excelente! Sob o comando de Valdemi, sempre contribuindo significativamente por uma educação de qualidade para nossa cidade.

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