Diretor do Hospital de Campanha pede para que população mantenha o distanciamento social durante o período junino

^{Rachel Pinto}

A pandemia do coronavírus suspendeu entre tantas atividades, os eventos públicos e todas as festas de grande concentração de pessoas. Desde o dia 21 de março, quando passou a valer o primeiro decreto municipal que todas as festas que estavam programadas para acontecer em Feira de Santana foram suspensas, inclusive a micareta.

As restrições continuam no mês de junho, houve o decreto de antecipação dos feriados para combater a covid-19, mas ainda assim os índices de isolamento social na Bahia e na cidade não chegam a média recomendada pelo Ministério da Saúde e essa situação preocupa as autoridades. O período junino que é comum as pessoas se reunirem para festejar e acender fogueiras está deixando o setor da saúde em alerta, pelo receio de que muitas pessoas mantenham a tradição da data e ignorem o isolamento social. A preocupação ocorre tanto pelo fato do aumento dos casos de infectados pela covid-19, como também que o período mais frio, onde inicia o inverno e a fumaça de fogos e fogueiras (mesmo não sendo recomendado no momento tanto a venda de fogos, como de fogueiras), colaborem para o surgimento de doenças respiratórias.

O médico Francisco Mota, diretor do Hospital de Campanha, compartilhou dessa preocupação em entrevista ao Acorda Cidade. Ele orientou para que as pessoas fiquem em casa nesse São João e tomem todos os cuidados com a higienização e o uso de máscaras.

Ele ressaltou que a covid-19 é uma patologia muito grave e que infelizmente, mesmo com várias pessoas se recuperando, os óbitos não deixarão de acontecer.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade (Arquivo)

“Já temos no hospital, 12 pacientes que saíram de alta, então foram doze pacientes que melhoraram. Infelizmente temos dois óbitos, outros acontecerão. O que eu suplico para as pessoas, é que nessa próxima semana, época de São João, tomem cuidado, fique em casa. A gente sabe que a cultura é muito forte na nossa região, a gente sabe que não vai conseguir segurar esse povo, que eles vão se reunir nas propriedades rurais, nas chácaras. O que eu peço é que tenham o máximo de cuidado, usem as máscaras. A gente não sabe quem está infectado”, finalizou.